"Ao desacelerar de 1,15% para 0,22% entre o fechamento de janeiro e igual período de fevereiro, o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) foi influenciado por diversos fatores de baixa que já estavam na conta da instituição, como o recuo dos preços de energia e a saída do indicador dos reajustes de mensalidades, cigarros e passagens aéreas. O destaque desta leitura, no entanto, foi uma perda de fôlego maior que o esperado dos alimentos, disse Rafael Costa Lima, coordenador do índice que calcula a variação de preços na cidade de São Paulo.
Para ele, esse movimento traça um panorama "menos sombrio" para a inflação nos próximos meses, embora ainda preocupante, já que muitas pressões permanecem no radar. Como principais pontos que podem elevar os indicadores ao consumidor, Lima mencionou os aumentos de transporte público na capital paulista, ainda indefinidos, a volta escalonada do IPI para bens duráveis e o repasse do custo das termelétricas para as tarifas de energia residencial.
Na passagem mensal, o grupo alimentação cedeu de 2,11% para 0,34%, menor taxa para os alimentos desde fevereiro de 2002 (-0,98%). Puxado por deflação de 1,91% das carnes bovinas, os semielaborados deixaram alta de 1,9% para queda de 0,46% na medição atual, mas, segundo Lima, foi a desaceleração de 8,25% para 1,5% da parte in natura, com a melhora das condições climáticas, que permitiu que os alimentos recuassem de forma geral..."
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