terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

SDH acompanha júri popular do assassinato do trabalhador sem terra Sebastião Camargo Filho (Fonte: Secretaria de Direitos Humanos)


"A Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), acompanha desde o início da manhã desta segunda-feira (4), em Curitiba-PR, o julgamento de Augusto Barbosa da Costa, integrante de milícia organizada pela União Democrática Ruralista (UDR), acusado de participar do assassinato do trabalhador sem terra, Sebastião Camargo Filho, em 1998, no Paraná.  O Júri Popular teve início às 9 horas, no Tribunal do Júri de Curitiba (PR).               
A expectativa em torno do julgamento, segundo a coordenadora-geral da Ouvidoria da SDH, Irina Bacci, é de que a impunidade não prevaleça, especialmente por se tratar de um caso emblemático ligado à questão dos conflitos agrários.  “Temos que acabar com o sentimento de impunidade no Brasil. Isso será determinante para combater o extermínio no País ”, explica.
Crime - O assassinato ocorreu no dia 7 de fevereiro de 1998, quando uma milícia despejou, ilegalmente, famílias de sem terra da Fazenda Boa Sorte, no noroeste do Paraná – hoje um assentamento de reforma agrária. Durante a ação, o trabalhador de 65 anos foi assassinado com um tiro na cabeça, à queima roupa. O grupo armado teria sido financiado pela União Democrática Ruralista, para expulsar os trabalhadores sem terra da área ocupada.
O homicídio de Sebastião Camargo foi o primeiro de uma série de mortes praticadas por milícias armadas. Além dele, foram mortos Sétimo Garibaldi (1998), Sebastião da Maia (1999), Eduardo Anghinoni (1999) e Elias Gonçalves Meura (2004), entre outros trabalhadores.   
Pela segunda vez, às vésperas de ir a julgamento, o ex-presidente da UDR, Marcos Prochet, fica de fora do júri popular desta segunda-feira (4). Prochet iria para o banco dos réus junto a Augusto Barbosa da Costa.  
A morosidade no julgamento dos envolvidos no assassinato de Sebastião Camargo faz com que o caso seja monitorado desde 2010 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio do projeto Justiça Plena, responsável por acompanhar processos em que há demora injustificada no andamento."

Extraído de http://portal.sdh.gov.br/clientes/sedh/sedh/2013/02/04-fev-13-sdh-acompanha-juri-popular-do-assassinato-do-trabalhador-sem-terra-sebastiao-camargo-filho

Nenhum comentário:

Postar um comentário