"Anunciadas no Diário Oficial da União na última quinta-feira, as novas tarifas de energia elétrica foram consideradas muito baixas pelo mercado. Os novos patamares afetam a receita de 81 usinas em operação no País, cujos contratos de concessão vencem entre 2015 e 2017. Com a perda de receita, algumas empresas poderão não renovar os contratos. As novas tarifas de energia elétrica publicadas pelo governo federal na noite de quinta-feira, no "Diário Oficial" da União, podem derrubar em até 70% a receita de 81 usinas em operação no País. O contrato de concessão dessas geradoras vence entre 2015 e 2017. Para renovarem, os produtores terão de aceitar os novos patamares de preços que, na média, ficarão em R$ 9 o megawatt/hora (MWh) - valor que inclui apenas a operação e manutenção da usina, além de um porcentual de remuneração para o produtor. Quando somados aos impostos e à Tarifa do Uso do Sistema de Transmissão (Tust), o valor sobe para R$ 27 o MWh. Para se ter ideia, em 2004, no primeiro leilão de energia velha (amortizada) realizado no Brasil, a energia dessas usinas foi negociada entre R$ 57 e R$ 86 o MWh. Os novos valores foram avaliados pelo mercado como extremamente baixos para manter a operação e manutenção das usinas. Nos patamares definidos, algumas empresas - exceto as estatais - poderão optar por não renovar os contratos de concessão e continuar com a operação até 2015 e 2017. Após esse prazo, devolveriam os ativos para a União. "Em função do nível de dívidas que as empresas têm, neste momento, a melhor alternativa é a de não renovar a concessão", avalia o professor Nivalde Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), do Instituto de Economia, da UFRJ..."
Nenhum comentário:
Postar um comentário