"A recente queda no preço do minério de ferro restringiu o crédito para as mineradoras de pequeno porte, com efeitos especialmente preocupantes para a MMX. Nesse cenário, o Bank of America Merrill Lynch (BofA) cortou a recomendação para as ações ordinárias (ON, com direito voto) da companhia, que passou para desempenho abaixo da média do setor ("underperform").
O preço-alvo foi reduzido de R$ 6,50 para R$ 5. Na sexta-feira, a ação fechou a R$ 5,38. Ontem à tarde, era negociada por volta de R$ 5,27. "O financiamento para os projetos da MMX deve seguir desafiador e vemos crescentes riscos de que a companhia tenha de emitir ativos", afirmam os analistas Felipe Hirai, Thiago Lofiego e Karel Luketic, em relatório. A equipe de análise estima um valor de US$ 1 bilhão com a emissão de ativos, que pode ocorrer nos próximos 12 a 18 meses. A dificuldade de financiamento deve ser o fato de maior importância ligado ao papel no curto prazo. Até mesmo o início de atividades do porto Sudeste, em 2013, deve ser ofuscado, diz o BofA.
Controlada pelo grupo EBX, de Eike Batista, a companhia tem como principal objetivo aumentar a produção de minério das atuais oito toneladas métricas para 36 toneladas métricas em um prazo de cinco a sete anos, com o desenvolvimento de projetos no Brasil e Chile. O banco projeta o preço do minério de ferro em US$ 110 por tonelada em 2013 e US$ 95 em 2018.
Enquanto o BofA rebaixa a MMX, a Ágora Corretora concentra suas atenções no setor de energia elétrica. Incorporando em seus cálculos as medidas anunciadas pelo governo na Medida Provisória 579, para as elétricas, a corretora deixou de recomendar a compra de qualquer ação das empresas do segmento.
Os papéis da Cesp, geradora paulista, foram rebaixados de manutenção para venda. O analista Filipe Acioli, que assina o relatório, ressalta as indicações de que não haverá nenhuma indenização relevante para os ativos da companhia por conta de mudanças de avaliação. Além disso, o relatório afirma que provavelmente a privatização da empresa, que há muito tempo é tema de rumores no mercado acionário, ainda está longe de se tornar realidade.
Outra que teve a recomendação cortada para venda foi a geradora Tractebel, por conta do impacto negativo da MP sobre seu fluxo de caixa futuro, conforme o relatório. Por fim, a transmissora AES Tietê permaneceu com a indicação de venda dos papéis, já que seu contrato de exclusividade com a Eletropaulo vence em 2015 e, depois disso, sua energia deve ser vendida a preços mais baratos no mercado livre. Acioli, em relatório, informa que seus cálculos foram feitos com base na premissa de que as companhias vão aceitar as mudanças da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e renovar suas concessões com o governo federal."
Extraído de https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/9/25/bofa-rebaixa-mmx-e-agora-corta-eletricas
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