Por Luciano Costa
A agência de classificação de risco Fitch Ratings anunciou nesta quarta-feira (30/5) a mudança da nota da distribuidora de energia elétrica Cemat, que atende o Mato Grosso. As avaliações que medem a probabilidade de inadimplência da companhia (IDRs) e o rating nacional de longo prazo da concessionária passaram de C para RD, o que significa que, na prática, a empresa já é vista como parcialmente inadimplente. A nota está apenas um patamar acima da classificação D, que representa "lixo" ou empresa em situação de inadimplência total com seus compromissos.
A nova visão da Fitch sobre a Cemat é resultado de "alteração das condições de algumas obrigações financeiras" da companhia, incluindo a segunda e a quarta emissões de debêntures. A agência afirma que a distribuidora, que pertence ao Grupo Rede, tomou atitudes que refletem "uma reestruturação de dívida". E que, "embora os investidores tenham concordado com as novas condições" das debêntures, "estas resultaram em uma mudança significativa das condições contratuais originais, com o intuito de evitar um evento de inadimplemento".
No dia anterior, 29 de maio, a Fitch já havia rebaixado o rating da segunda e da quarta emissões de debêntures da Cemat para D, o que representa "lixo" para os investidores. A explicação, na ocasião, foi a mesma: a agência entendeu que as mudanças nos papéis, como revisão de vencimento, foram "resultado de uma renegociação forçada entre a Cemat e seus credores" para evitar um calote.
No comunicado desta quarta (30), a Fitch também aponta as notas atribuídas à Celpa, outra distribuidora da Rede Energia, que entrou com pedido de recuperação judicial. A companhia, que atende o Pará, teve classificações de probabilidade de calote (IDRs) em moeda estrangeira e local colocados como D. O rating nacional de longo prazo da companhia também ficou com a pior nota possível.
Já no caso da Rede Energia, a controladora dessas companhias, as notas são C, o que significa que "a inadimplência é iminente" ou que os compromissos financeiros problemáticos ou inadimplentes apresentam "potencial de recuperação que vai de abaixo da média para pobre".
A Rede Energia também viu seus auditores independentes, da KPMG, se negarem a tecer opiniões sobre suas demonstrações financeiras de 2011. O motivo da renúncia foi a atual situação da companhia, que colocaria em dúvida a viabilidade de continuação do negócio."
Extraido de http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=10074&id_secao=17
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