"Entre 2010 e 2011, o ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 7,5% para 2,7%, enquanto a taxa de desemprego recuou de 6,7% para 6% (na média de cada ano) e o rendimento médio real cresceu 2,7% acima da inflação. Para alguns economistas, reunidos ontem pelo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial, o mercado de trabalho aquecido, apesar da desaceleração da atividade, ajuda a explicar parte da inflação do ano passado. Para outros, não.
Alexandre de Freitas Barbosa, professor da Universidade de São Paulo (USP), não vê os salários como principais responsáveis pelo aumento de preços. "Esse não é o principal elemento de pressão inflacionária. Deveríamos nos preocupar mais com a desindexação dos serviços administrados", avalia. Para ele, seria importante que o poder de compra continuasse subindo, ainda que isso gerasse algum impacto sobre os preços.
Barbosa participou do debate junto com o economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, e do professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Antonio Correa de Lacerda. O professor da USP contesta a teoria de que está havendo um esgotamento do contingente de trabalhadores disponíveis, o que criaria pressões inflacionárias."
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