"Com a decisão do Palácio do Planalto e da base aliada de votar a Lei Geral da Copa sem o artigo que libera explicitamente a venda de bebida alcoólica nos estádios, a Fifa terá de negociar com cada estado a permissão, mas nenhum deve se opor
Após muitas idas e vindas, o governo e a base aliada parecem finalmente ter chegado a uma posição comum em relação ao projeto da Lei Geral da Copa. Ontem, depois de reunião que contou com a presença do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ficou acertado que o texto que vai ao plenário da Câmara, hoje, não terá o pivô de toda a polêmica envolvendo a questão das bebidas alcoólicas: o artigo 29, que permitia explicitamente a venda e o consumo de cerveja nos estádios. Assim, fica apenas a parte que suprime o item do Estatuto do Torcedor que trata do assunto.
Sem uma lei federal, portanto, a Fifa ficará obrigada a negociar a liberação com os estados que proíbem bebida durante os jogos. Segundo o deputado Vicente Cândido (PT-SP), relator do projeto, sete deles têm legislação contrária ao consumo de álcool nos estádios: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul. Desses, porém, apenas dois são comandados por governadores de oposição e mesmo esses não devem dar trabalho à entidade máxima do futebol mundial. Em Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB) tem o perfil conciliador e dificilmente comprará briga por conta do tema. Já em São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) é eternamente grato à Fifa por ter determinado que a abertura da Copa será no Itaquerão, mesmo sem garantias de que o estádio ficará pronto a tempo."
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