segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

"Ministra Iriny Lopes será substituída por ex-companheira de cela de Dilma" (Fonte: Época)

"Eleonora Menicucci de Oliveira, a nova ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, é doutora em ciência política pela Universidade de São Paulo e pós-doutora pela Universidade de Milão

REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIAS

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A ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, deixou nesta segunda-feira, dia 6, o governo e será substituída pela professora Eleonora Menicucci de Oliveira. A troca no comando da pasta foi anunciada hoje pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República.

Eleonora Menicucci, em imagem de 2004 (Foto: Ana Nascimento/ABr)

Em nota, a presidenta Dilma Rousseff agradeceu a Iriny Lopes pela participação no governo e desejou boa sorte em seus novos projetos. Iriny deixa o governo para concorrer à prefeitura de Vitória (ES) nas eleições municipais de outubro.

"A presidenta da República, Dilma Rousseff, agradece a dedicação de Iriny Lopes ao longo desse período e lhe deseja boa sorte em seus futuros projetos. A presidenta deseja ainda sucesso a Eleonora [Menicucci] em suas funções à frente da secretaria responsável por políticas que têm contribuído para melhorar a vida das brasileiras", diz a nota.

Pró-reitora de extensão da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a nova ministra é doutora em ciência política pela Universidade de São Paulo e pós-doutora pela Universidade de Milão. Na Unifesp, lidera o Núcleo de Estudos e Pesquisa em Saúde da Mulher e Relações de Gênero. A posse da nova ministra está prevista para a próxima sexta-feira (10), no Palácio do Planalto.

Eleonora Menicucci foi companheira de prisão de Dilma Rousseff, quando foram presas pela ditadura militar. No fim do ano passado, ela testemunhou contra o coronel reformado do Exército, Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-comandante do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operação de Defesa Interna (DOI-Codi) do 2º Exército, em São Paulo, durante a ditadura militar. Segundo ela e outras depoentes, Ustra teria ordenado as sessões de tortura que levaram o jornalista Luiz Eduardo Merlino à morte, em julho de 1971. A ação é de danos morais, e foi movida pela irmã e pela ex-mulher de Merlino. 

"Ele (Ustra) não só tinha ciência, como era o mandante. Era chamado de major. A tortura aliviava ou aumentava dependendo da autorização dele", afirmou a professora Eleonora Menicucci, que esteve presa por três anos e oito meses durante a ditadura militar. Assim como o jornalista, Eleonora foi militante do Partido Operário Comunista (POC). "Numa das torturas de Merlino, eu estava presente. Eu estava na cadeira do dragão e ele, no pau de arara. O Ustra entrou e saiu da sala várias vezes", disse."

Extraido de http://revistaepoca.globo.com/Brasil/noticia/2012/02/ministra-iriny-lopes-sera-substituida-por-ex-companheira-de-cela-de-dilma.html

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