quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Itaipu prevê antecipar retorno de turbina; manutenção foi coberta por seguro (Fonte: Jornal da Energia)

''A manutenção de unidade geradora número seis de Itaipu foi feita com sucesso e a expectativa da administração da hidrelétrica binacional agora é de antecipar o retorno à operação da unidade. Com a máquina em perfeitas condições, as condições hidrológicas favoráveis, o consumo em alta e reforços na transmissão, a usina ainda tem expectativas de bater o recorde de geração neste ano, superando o patamar de 2008, que ainda é o mais alto da história.
“A entrada (da UG6) estava prevista para 6 de abril, mas acho que vamos ganhar um tempo legal nisso aí. A impressão é de que no início de março vai dar para a máquina operar”, adianta o diretor-geral brasileiro da planta, Jorge Samek. Segundo ele, o reparo todo custou cerca de US$13 milhões. O processo, porém, foi coberto por um seguro e a hidrelétrica acabou por desembolsar apenas US$2 milhões, referentes à troca de alguns equipamentos que não constavam da apólice. “Resolvemos fazer uma modernização. Não era uma necessidade, mas achamos por bem aproveitar o embalo”, explica o executivo.
Outro processo em curso que pode garantir um fôlego maior à hidrelétrica é a renegociação do Acordo Tripartite entre Brasil, Paraguai e Argentina. De acordo com Samek, o texto, que foi assinado para garantir que nenhum dos países seria prejudicado pela usina, estabeleceu limites para a operação de Itaipu. Por condições ali colocadas, a hidrelétrica pode funcionar com, no máximo, 18 de suas máquinas ao mesmo tempo.
Para o diretor, todo o período que Itaipu tem de operação serve para mostrar que não haverá efeitos indesejados, como erosão ou interferência em outras usinas - o que abriria espaço para a renegociação do acordo. Ele garante que, em suas conversas com o governo da Argentina e a administração da UHE Yaciretá, a sinalização é de que não haverá problemas na mudança.
“O ambiente é muito bom, de colaboração. Mas não temos nenhuma pressa nisso. É algo que está em curso no Ministério de Relações Exteriores. Temos no nosso Conselho de Administração um assento ligado a esse pessoal. E como está se tratando (no Itamaraty) de uma série de coisas ligadas e energia, creio que isso está no meio do pacote”, diz Samek.
A geração que poderia vir dessas máquinas funcionando simultaneamente, porém, não é colocada pelo executivo como algo que vá criar um impacto muito significativo para o sistema. “Geramos 92,2 milhões de MWh (em 2011) e essa geração ficaria por volta de 500 mil MWh. Não temos muitas vezes essa janela, porque uma ou duas máquinas costumam estar em manutenção. Deve acontecer 10, 12, 15 vezes por ano, mas, quando acontece, precisamos aproveitar, para (a usina) ser o mais eficiente possível”, resume o diretor de Itaipu.
A reportagem aproveita a oportunidade para questionar boatos lançados na mídia de que Samek deixaria o cargo na binacional para se candidatar à prefeitura de Foz do Iguaçu pelo Partido dos Trabalhadores (PT). O nome do diretor de Itaipu chegou a aparecer em segundo lugar, com 23%, em uma pesquisa de intenções de voto divulgada no final de dezembro.
O executivo desconversa e diz que, de qualquer maneira, “é muito cedo” para falar nisso, mas não descarta a hipótese. “Isso quem está falando é a imprensa. A política na qual tenho atuado é a energética. Estou muito feliz aqui. Agora, obviamente, essas acabam se avolumando, se conversando. Na hora correta vamos analisar, colocar na balança para ver o melhor caminho”.''
 
Extraido de http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=8804

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