"Lideranças debateram suas realidades em reuniões organizadas de acordo com as multinacionais que representam.
Salvador sediou entre os dias 03 e 06 de outubro o III encontro da rede de sindicatos do setor urbanitário da América Latina. O evento reuniu lideranças sindicais que representam os trabalhadores das multinacionais Iberdrola, Unión Fenosa e Endesa. Segundo Beatriz Del Cerro García, da CCOO – Comissões Obreiras, Central Sindical Espanhola, o encontro teve o objetivo de compartilhar experiências e definir estratégias para fortalecer a luta conjunta dos trabalhadores em toda América Latina.
Durante a atividade, os participantes debateram suas realidades em reuniões organizadas de acordo com as multinacionais que representam. A terceirização, além precarização do trabalho e o aumento nas tarifas de energia em todos os países, foram os principais assuntos discutidos.
“É preciso exigir da Iberdrola, como acionista da Neonergia, o respeito às questões relevantes dos trabalhadores do grupo. Não podemos admitir situações como o descaso com plano de saúde, o golpe do retroativo da PLR 2009 e o engodo do PCCR”, salientou José Barreto, que representou o Sinergia, juntamente com Erisvaldo Pinheiro, no grupo de trabalho que discutiu as demandas relacionadas ao acionista do grupo que comanda a Coelba.
Realidade comum – A diminuição do quadro de pessoal próprio e o aumento considerável do número de trabalhadores terceirizados em todas as empresas da Iberdrola revelam que a lógica de maximização do lucro através deste recurso é comum em todos os países. “A Iberdrola atua uniformemente daí a necessidade dos sindicatos atuarem em rede também”, destacou Beatriz Garcia.
Para organizar a atuação de todos os sindicatos, a rede sindical utilizará o site www.redsindical-electricas.org. O portal terá um perfil público, que exibirá notícias gerais sobre as ações de luta sindicais, e um perfil privado, onde os dirigentes trocarão informações para organizar melhor a categoria.
O próximo encontro da rede ainda não tem data nem local definido, mas a previsão da organização é realizar ainda no primeiro semestre de 2012. “Temos que intensificar a organização, já que a luta dos trabalhadores é universal e não pode sofrer descontinuidade”, destacou José Barreto ao final do encontro.
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