quarta-feira, 31 de agosto de 2011

CEB terá recurso do BNDES para evitar apagão na Copa (Fonte: Valor Econômico)

"Com o quarto pior índice de satisfação do consumidor entre as empresas das doze cidades-sede, a Companhia Energética de Brasília (CEB) acertou um empréstimo de R$ 800 milhões com o BNDES para quitar parte de suas dívidas e executar investimentos. Auxiliares do governador Agnelo Queiroz (PT) garantem que o acordo já recebeu sinal verde da presidente Dilma Rousseff. Segundo eles, os recursos deverão ser liberados em um prazo de dois a três meses. Entre as garantias dadas pela CEB, como contrapartida ao empréstimo, está um terreno avaliado em R$ 274 milhões no novíssimo bairro do Noroeste, que tem um dos mais caros metros quadrados do país.
Atualmente, a dívida da CEB está em R$ 877 milhões. Desse total, 45% é de curto prazo (vencimento em até cinco anos) e será paga com o empréstimo. O restante se destinará a investimentos, incluindo os necessários para a Copa do Mundo de 2014. "O nosso sistema de distribuição está trabalhando no limite. Temos subestações operando no máximo ou até acima da capacidade. Entre 30% e 40% dos transformadores estão nessa situação", afirma o diretor de engenharia da empresa, Mauro Martinelli.
De acordo com pesquisa feita anualmente pela Aneel para medir a satisfação do consumidor, a CEB só supera a Cemat (MT), a Amazonas Energia (AM) e a Coelba (BA), entre as distribuidoras que atendem as doze cidades-sede da Copa. A atual diretoria da CEB culpa as gestões anteriores - o governo do Distrito Federal tem dívidas acumuladas de R$ 185 milhões com a área de distribuição da estatal.
O sistema que atende Brasília é essencialmente radial, ou seja, só existe um caminho para a eletricidade chegar de um ponto a outro. A intenção da CEB é mudar esse sistema para um eletroanel.
Para isso, há obras em andamento no valor de R$ 54 milhões, que incluem novas linhas e subestações. Outros quatro empreendimentos, que somam R$ 43 milhões, já foram licitados e estão em processo de contratação: a subestação da Hípica (para atender a ampliação do aeroporto e o futuro veículo leve sobre trilhos), a subestação de Samambaia Oeste, a linha Samambaia-Samambaia Oeste e uma linha subterrânea para interligar as subestações Núcleo Bandeirante, Hípica e Embaixadas Sul.
Além disso, a CEB assinou contrato de R$ 54 milhões com a Terracap, estatal que constrói o Estádio Nacional, a arena em estágio mais avançado entre as cidades-sede. Haverá uma nova subestação compacta para atender ao estádio e ampliação nas subestações Sudoeste e Brasília Centro.
O prazo para a conclusão das obras é maio de 2013. "Tem de estar tudo pronto para a Copa das Confederações. Estamos com o cronograma em dia", garante Martinelli."

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