“Autor(es): Janes Rocha | Do Rio
O presidente do IRB, Leonardo Paixão, disse que o objetivo da reorganização societária e abertura de capital da estatal de resseguros é torná-la mais eficiente frente à competição e prepará-la para a internacionalização. A operação anunciada, frisou Paixão, "não tem nada a ver com a privatização dos anos 90". "Naquela época a intenção era fazer caixa. Hoje o objetivo é fortalecer o IRB, torná-lo mais eficiente para competir em igualdade de condições com os concorrentes que vieram para o país com a abertura de mercado".
Segundo ele, o modelo de desestatização escolhido pelo governo para a retomada do processo de desestatização do IRB é que a União passe a ser sócia minoritária integrante de um bloco de controle. "Não há objetivo de sair do setor de resseguros, nem de fazer caixa", frisou o presidente do IRB, lembrando que, para o governo, o setor de resseguros tem um papel estratégico, principalmente em vista das grandes obras de infraestrutura que vão demandar grande volume de seguros e resseguros.
Paixão relatou que desde a abertura do mercado, em 2007, o IRB reduziu seu "market share" de 100% para 38% e que o único caminho para ganhar mercado é fora do país. "Hoje menos de 10% (do faturamento em prêmios) vem de riscos do exterior".
O BNDES informou através de sua assessoria de imprensa que vai abrir uma licitação para avaliação, consultoria jurídica e auditoria. A previsão é que o processo de licitação deve demorar cerca de seis meses, de forma que até o começo do ano que vem, fim do primeiro trimestre, será dado início à abertura de capital da empresa.
Segundo Paixão, a intenção é que os atuais sócios privados do IRB - Bradesco e Itaú - também façam parte do bloco de controle junto com o Banco do Brasil.
Para o presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNSeg), Jorge Hilário Gouvea Vieira, a retomada da privatização do IRB vai dar mais agilidade à principal empresa do setor, tornando-a mais preparada para a concorrência. Como estatal, diz Vieira, o IRB está engessado em suas operações, cerceado por restrições de contratação de pessoal, de tribunais de contas e outras amarras típicas de estatais. "Como estatal, você tem chefes de portaria ganhando mais que subscritores", afirmou o presidente da CNSeg, referindo-se ao profissional mais importante dentro de uma resseguradora, o subscritor de riscos.”
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