“Autor(es): Agência o globo: Ramona Ordoñez |
Ao contrário das japonesas, usinas brasileiras geram vapor separadamente As usinas nucleares de Angra 1 e Angra 2 são do tipo PWR (Pressurized Water Reactor), que faz com que, em caso de acidente semelhante ao das usinas no Japão, do tipo BWR (Boiling Water Reactor) - atingidas pela tsunami -, teriam maiores condições de evitar um vazamento de radioatividade ao meio ambiente. A garantia foi dada ontem por Leonan dos Santos, assistente da presidência da Eletronuclear. Nas usinas do tipo BWR, é dentro do reator, onde a água circula, que é gerado também o vapor - que vai movimentar as turbinas da usina e gerar energia elétrica. Esse modelo de usina é mais compacto e por isso tem um menor custo. Nas do tipo PWR, há o chamado circuito secundário, um prédio à parte, onde está instalado o gerador de vapor. Nesse caso, portanto, a água sai do reator e segue para o gerador de vapor. Toda usina - seja BWR ou PWR - necessita de água para refrigeração, que normalmente é fornecida via um sistema elétrico. Em caso de falta de energia, as usinas têm geradores a diesel para garantir essa refrigeração do sistema por algum tempo. Após ser desligada, a usina não para automaticamente: continua gerando cerca de 7% da energia que vinha produzindo. Daí, a necessidade de o sistema de refrigeração continuar em operação - o que não aconteceu nas usinas do Japão, após a tsunami ter destruído esses geradores a diesel das usinas. - As nossas usinas têm oito geradores a diesel. Caso nenhum deles funcione por algum motivo, existe uma queda natural de água pelo fato de o prédio do gerador de vapor estar bem acima do nível do reator - destacou Santos. O físico nuclear Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe/UFRJ, destacou que o fato de as usinas brasileiras terem o gerador de vapor em separado traz mais segurança, mas advertiu: - Esse acidente mostra que a energia nuclear é uma tecnologia sujeita a riscos inerentes, mesmo num país avançado como o Japão. Portanto, é preciso ter muito cuidado em relação a essa tecnologia. O físico lembra que toda usina é protegida contra terremotos, mas no Brasil ocorrem algumas tempestades com grandes poderes de destruição, como já ocorreu no próprio município de Angra dos Reis ano passado e mais recentemente na região serrana do Rio. Portanto, é preciso que as usinas tenham sistemas de segurança eficientes para esses fenômenos. Santos afirmou que a Eletronuclear faz um monitoramento constante das encostas na região, para proteger os prédios onde estão os motores a diesel das duas usinas. Ele explicou ainda que, como todas as usinas nucleares, Angra 1 e Angra 2 são projetadas para suportar um terremoto de 7 pontos na escala Richter, e ondas de até sete metros de altura. A escala do terremoto no Japão e a altura das ondas da tsunami foram maiores do que isso mas, por outro lado, esses fenômenos são improváveis no Brasil. O presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), Edison Kuramoto, diz que as usinas brasileiras são mais seguras: "O reator em Angra é refrigerado pela circulação natural, mesmo sem os geradores a diesel que por sua vez estão em prédios protegidos” Siga-nos no Twitter: www.twitter.com/AdvocaciaGarcez Cadastre-se para receber a newsletter da Advocacia Garcez em nosso site: http://www.advocaciagarcez.adv.br |
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segunda-feira, 14 de março de 2011
“Angras 1 e 2 teriam tecnologia mais segura” (Fonte: O Globo)
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