Autor(es): Luciano Máximo | De São Paulo
“O próprio Poder Executivo foi a maior vítima dos cortes orçamentários anunciados na quarta-feira. Das 36.616 novas contratações previstas no Orçamento 2011, quase 27 mil - ou 73% do total - estavam reservadas para o Executivo. Destas, cerca de 16 mil eram para "cargos e funções vagos". O Poder Judiciário não poderá contar com 8.277 novos servidores neste ano, o Ministério Público da União deixará de fazer 721 admissões e o Congresso Nacional, 666. Novos concursos públicos e processos seletivos em andamento foram suspensos e serão considerados "caso a caso", segundo o Ministério do Planejamento. Se o governo confirmar a redução desses gastos poderá fazer uma economia de R$ 3,092 bilhões com um ano de salários.
Proporcionalmente, entretanto, o corte das novas contratações impacta mais o Judiciário, pois representa 10% da força de trabalho atual, de 80,9 mil servidores. Já no Executivo, o cancelamento das admissões previstas representa apenas 3% dos 864,4 mil trabalhadores ativos.
As contratações que podem ser identificadas com maior nível de detalhamento na peça orçamentária são aquelas vinculadas a projetos de lei que autorizam a abertura de novas vagas. Nesse caso, a Justiça do Trabalho deve ser o maior alvo da tesoura do governo federal, com o cancelamento de 4.227 cargos comissionados em Tribunais do Trabalho de várias regiões do país. A economia esperada é de R$ 294,2 milhões em um ano.
A segunda maior previsão de corte na área de pessoal afeta 2.190 contratações de analistas executivos, função de nível superior com atuação em diversos ministérios e autarquias federais, cujo salário varia de R$ 5,9 mil a R$ 7,5 mil. Com a medida, o governo deixará de gastar R$ 213,5 milhões por ano.
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