"Autor(es): Ribamar Oliveira e Fernando Taquari | De Brasília e São Paulo |
Na reunião de amanhã com o governo, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos, vai defender que a presidente Dilma Rousseff assuma um compromisso público com a política de valorização do salário mínimo até o fim de seu mandato, que promova a correção da tabela do Imposto de Renda (IR) e que conceda uma "excepcionalidade" na regra de reajuste do mínimo este ano. A CUT não aceitará trocar a correção da tabela do IR pela manutenção do piso salarial em R$ 545, garantiu o presidente da CUT. "Só se aceita em troca o que não se tinha antes", sintetizou. O entendimento de Artur Henrique é o de que a correção anual da tabela do IR foi uma conquista dos trabalhadores durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que não pode haver um "retrocesso" nessa questão. "Não tem troca, pois a correção da tabela e o aumento do salário mínimo são coisas diferentes", afirmou. "Se o governo não aceitar, vamos brigar em outro fórum, no Congresso Nacional", anunciou. A reunião das centrais sindicais - CUT, Força Sindical, CGTB, UGT, CTB e Nova Central - com o governo será coordenada pelo secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. A presença do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, no encontro ainda não estava confirmada ontem. O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), já anunciou que defenderá um aumento do salário mínimo para R$ 580 ainda este ano e a correção da tabela do IR. O parlamentar é do mesmo partido do ministro do Trabalho. O presidente da CUT defende a política de valorização do salário mínimo executada durante o governo Lula, que prevê o aumento do piso pela inflação do período mais o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Como o PIB caiu 0,6% em 2009, o governo disse que cumpriu a regra ao fixar o valor do salário mínimo em R$ 545 este ano, apenas com a correção da inflação. Artur Henrique disse que é preciso, este ano, abrir uma "excepcionalidade" na regra. O argumento principal do presidente da CUT é o de que "os empresários foram tratados durante a crise com medidas excepcionais" e que "os trabalhadores não podem ser os únicos prejudicados". A Força Sindical divulgou nota para classificar a proposta como "nefasta". Prometeu insistir com as três reivindicações apresentadas até agora. Além dos R$ 580 de salário mínimo e da correção da tabela do IR, o aumento de 10% para os aposentados e pensionistas que ganham acima do piso salarial. "Vamos insistir nestas três propostas. Entendemos que elas são essenciais para ajudar o país a crescer, distribuir renda e erradicar a miséria", afirmou a nota assinada pelo presidente da Força. De acordo com dados do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal, a defasagem da tabela do IR está em 64,1% em relação aos valores de 1995. O governo abriu mão de R$ 5,7 bilhões durante a reposição aplicada entre 2007 e 2010. Na ocasião, a correção foi feita com base no percentual de 4,5%." |
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terça-feira, 25 de janeiro de 2011
"Centrais rejeitam barganha em torno do mínimo" (Fonte: Valor Econômico)
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