"São Paulo – O segundo dia da greve nacional dos bancários teve ontem crescimento de 40% da adesão. De acordo como o Comando Nacional da categoria, 8.763 agências e centros administrativos permaneceram fechados durante todo o dia em 26 estados e no Distrito Federal. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto von der Osten, afirmou que a consolidação da greve revela o nível de insatisfação dos trabalhadores. "Os bancários ficaram ainda mais indignados com a divulgação, pela imprensa, da correção de salários e com o tamanho da remuneração dos altos executivos dos bancos", afirmou.
A proposta salarial feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) é de 5,5% de reajuste, ante uma inflação acumulada de 9,88%, com um abono único de R$ 2.500. O comando assegura que não se chegará a um acordo sem uma propostas que contemple reposição da inflação e aumento real.
Segundo o dirigente da Contraf, a principal divergência da negociação persiste. "Os bancários querem continuar com o modelo de negociação que deu certo nos últimos onze anos, que é a reposição da inflação, mais um ganho real. Os banqueiros querem voltar a um desenho com um índice menor que a inflação mais um abono. Esse formato, que traz redução de salário, foi derrotado nos anos 90. Isso é um retrocesso que não vamos admitir..."
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