"A decisão sobre um eventual desinvestimento da Eletrobras em distribuição deve ficar para 2015, acredita o diretor financeiro e de Relações com Investidores, Armando Casado de Araújo. As alternativas para o segmento estão atreladas ao anúncio das regras para renovação das concessões, ainda sem previsão por parte do governo.
"Não acredito que isso ocorra neste ano", afirmou o diretor, que participou, nesta quarta-feira (02/04), de reunião pública com analistas e investidores em São Paulo. "A data da renovação das concessões é fundamental para tomarmos nossa decisão. Os critérios [da renovação das concessões] serão exaustivamente discutidos, é um trabalho muito pesado. São seis distribuidoras. Uma decisão sobre uma venda dessa não se toma do dia para noite", disse. O segmento vem se mostrando deficitário nos últimos anos e apresentou prejuízo de R$2,469 bilhões em 2013, dos quais cerca de R$1,5 bilhões considerados eventos não recorrentes.
Segundo Casado de Araújo, em junho deverá ser apresentado o estudo de valuation elaborado pelo Santander, que apontará as alternativas para o negócio e deverá subsidiar a decisão do Conselho de Administração. Além da venda total das seis empresas, uma das alternativas a ser apresentada pode ser a venda de participações.
O diretor afirmou que a empresa obteve melhoras nos indicadores de qualidade recentemente. "Mas não adianta apresentar esses números se o resultado financeiro é negativo", disse o diretor, que lembrou que quatro das seis empresas pertenciam ao sistema isolado e só agora estão sendo integradas. "Com isso essas empresas ganham valor de mercado", disse.
Durante a apresentação, o diretor afirmou que distribuição não está no core business da companhia. "As prioridades da Eletrobras são geração e transmissão pesada (acima de 230kv)", disse."
Fonte: Jornal da Energia
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