"Em depoimento à Justiça da França, um ex-diretor da Alstom afirmou que autorizou que a filial brasileira passasse uma propina para fechar um negócio com o Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Energia, em 1998. Na ocasião, Mario Covas era o governador e Andrea Matarazzo, atualmente vereador da capital paulista, o secretário de Energia.
Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, publicados na edição desta quarta-feira (22/01), o depoimento aconteceu em 2008. O francês André Botto disse à Justiça que a multinacional autorizou o pagamento de propina de quase US$7 milhões, cerca de 15% de um contrato de US$47,7 milhões.
A propina foi paga para que a Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE, posteriormente incorporada na CTEEP) e a Eletropaulo ressuscitassem um contrato vencido de compra de equipamentos. O acordo é de 1983 e o aditivo de 1998. Na época, as duas companhias eram estatais. A reportagem informa que esse valor foi dividido em duas parcelas, sendo uma paga à empresa MCA, do lobista Romeu Pinto Junior - que admitiu às autoridades brasileiras que recebeu dinheiro da empresa francesa para pagar propinas - e a outra parte em uma conta da Suíça.
À reportagem da Folha de S. Paulo, Matarazzo afirmou que não discutiu e nem assinou o aditivo que está sendo investigado. A Alstom lamentou o vazamento das informações e disse que "manifesta seu veemente repúdio quanto às insinuações de que possui política institucionalizada de pagamentos irregulares para obtenção de contratos"."
Fonte: Jornal da Energia
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