"As entidades que representam os trabalhadores da Eletrobras, em greve há dez dias, pedirão ajuda a senadores da base governista para que eles ajudem na construção de um acordo antes da audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), marcada para a próxima segunda-feira (29), que discutirá o pedido de dissídio coletivo, interposto pela estatal.
De acordo com Fernando Pereira, secretário de Energia da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), o movimento está buscando apoio do senadores mais próximos do Governo Federal, tais como Wellington Dias (PT-PI), líder do PT no Senado, o ex-presidente e o atual presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL), respectivamente.
De acordo com Pereira, o grande entrave para que as partes cheguem a um denominador comum é o período de validade do reajuste. A Eletrobras propôs reajuste da inflação acumulada do período (6,49%, de acordo com o IPCA) mais 1,5% de ganho real para os próximos dois anos. Os trabalhadores pleiteavam de 2% a 3% de aumento real, mas estariam dispostos a fechar em 1,5%, mas não abrem mão de que o acordo seja válido por apenas um ano. "Se aceitarmos o que eles propõe, só poderemos ir para a mesa de negociações em 2015. É tempo demais", disse.
O ultimo dissídio coletivo instaurado foi em 1990, explicou Pereira, ainda no governo de Fernando Collor. "Passamos pelo governo Itamar, oito anos de FHC e oito anos de Lula conseguindo negociar. Logo a Dilma não quer saber de dialogar com os trabalhadores", afirmou."
Fonte: Jornal da Energia
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