"O Rio Grande do Sul está trabalhando para utilizar ao máximo seu potencial eólico, e tem criado facilidades para fomentar a indústria e a exploração de novos parques, que reúnem, atualmente, investimentos de R$4,8 bilhões. E para reforçar essa empreitada, o Estado que possui 11% do potencial eólico brasileiro, iniciará nos próximos dois meses a atualização do seu atlas eólico com medições acima de 100 metros, onde se estima 115GW de potência para geração.
A previsão do Estado é divulgar o novo estudo em 10 meses, já que o potencial apontado na região utilizou medições a 50 metros, e foi realizado em 2000, pela então secretária de energia Dilma Rousseff, hoje presidente da República. Para a sua realização, um protocolo de entendimentos foi assinado com a Eletrosul.
“Nós criamos todas as possibilidades para que todo o potencial seja utilizado. Se conseguirmos utilizar 10% dos 115GW, já será uma grande façanha. Nós queremos fazer o Rio Grande do Sul utilizar bastante energia eólica, hoje temos 7% da nossa energia no modal eólico, mais ou menos 500MW já são gerados no Estado, e temos programado até 2017 mais 1150MW”, comentou o diretor de infraestrutura e energia da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Marco Franceschi.
E para atrair investimentos para a região, o Estado tem criado condições e possibilidades para que o empreendedor possa investir, como ter o planejamento correto, e o licenciamento ambiental em prazo adequado. Por isso, está sendo realizado o zoneamento ambiental eólico do Rio Grande do Sul, visando ter áreas pré-licenciadas para o desenvolvimento dos parques, e o indicativo de quais regiões são propícias.
Hoje quatro fábricas do setor estão instaladas no Rio Grande do Sul, sendo que a implantação de mais três está em fase de negociação. A atratividade também é dada, segundo Marco Franceschi, pela infraestrutura de logística com todas as áreas em que foi detectado o potencial, além disso, todos os empreendimentos possuem conexão para escoamento da energia gerada.
“Todos os parques no Rio Grande do Sul estão conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN), e isso é uma facilidade que pouca gente tem. Temos uma mão de obra qualificada, uma indústria metalmecânica, logística...Nossa política nos dá uma posição bem colocada”, comemorou Franceschi.
Ao fato de não passar por problemas como os de empreendimentos no Nordeste, o diretor da AGDI, declara que é devido ao planejamentoe à antecipação para exploração dos parques. Já o quadro de trabalhadores tecnicamente qualificados é fruto de um programa de educação técnica do governo, em parceria com o Senai.
Recentemente, a Honda Automóveis do Brasil (HAB) anunciou a construção de um parque eólico na cidade de Xangri-lá que irá suprir toda a demanda de energia de sua fábrica de automóveis, localizada na cidade de Sumaré (SP). A iniciativa prevê inicial de R$100 milhões. A energia será produzida por nove turbinas de 3MW, com capacidade instalada de 27MW, que representará a geração de 95 mil MWh/ano."
Fonte: Jornal da Energia
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