"O ano de 2012 foi especial para a previdência privada no Brasil. Há nove anos, o setor não crescia de forma tão expressiva. No ano passado, a arrecadação totalizou R$ 70,4 bilhões, com aumento de 31,54% em relação a 2011. Trata-se da maior taxa de expansão desde 2003, quando o volume de depósitos cresceu 55,05% em relação a 2002. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), que representa 22 seguradoras e 13 entidades abertas de previdência complementar no país.
O crescimento no ano passado ganha ainda mais robustez quando se observa o tamanho do mercado em 2003. Naquele ano, as empresas de previdência celebravam a arrecadação de R$ 14,6 bilhões, valor cinco vezes menor que a de 2012, e totalizavam R$ 44,1 bilhões em provisões (soma do valor arrecadado com o estoque das aplicações). Como mostra o quadro nesta página, o mercado evoluiu significativamente do início da década passada para cá. Desde 2000, a arrecadação anual cresceu quase 14 vezes. No mesmo período, as provisões aumentaram 23 vezes, atingindo R$ 325,8 bilhões em dezembro de 2012.
Principal motivo da expansão no início da década passada, quando foi lançado, o VGBL continua sendo o tipo de plano mais procurado. As provisões desse produto subiram 31,03% no ano passado, chegando a R$ 209,4 bilhões, e as dos planos PGBL aumentaram 15,4%, totalizando R$ 75,1 bilhões. O VGBL é indicado para quem declara o Imposto de Renda (IR) pelo modelo simplificado. Também é recomendado para quem já tem um PGBL e quer poupar mais de 12% de sua renda anual tributável. Pelas regras do PGBL, o investidor pode deduzir da base de cálculo do IR até 12% de sua renda quando aplica nesse tipo de plano.
Para Osvaldo do Nascimento, presidente da FenaPrevi e diretor executivo de investimentos e previdência do Itaú Unibanco, o sucesso dos produtos de previdência no ano passado teve um aliado importante: a queda na rentabilidade das aplicações financeiras. "O cenário de juros baixos é o maior educador da população para a poupança de longo prazo. As pessoas perceberam que precisam poupar e acumular mais recursos para o futuro", afirma Nascimento..."
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