"A importância da integração da América Latina foi reforçada na segunda-feira (23/7), o primeiro dia da 8ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais dos Bancos Internacionais (HSBC, Santander, BBVA, Itaú e Banco do Brasil), em Montevidéu. Dirigentes sindicais de vários países, onde essas instituições financeiras atuam, participaram dos debates na semana passada (de 24 a 26/7), na capital do Uruguai. O evento foi promovido pela UNI Américas Finanças.
O encontro contou com a participação do presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças, Carlos Cordeiro, do diretor regional da UNI Américas Finanças, André Rodrigues, e do presidente e secretário-geral da Associação dos Empregados Bancários do Uruguai (AEBU), Gustavo Pérez e Fernando Gambera, respectivamente. Eles enfatizaram a necessidade de atuar cada vez mais conjuntamente na América Latina para defender os direitos dos trabalhadores e ampliar as conquistas.
Cordeiro defendeu mais organização, mobilização e negociação para defender os interesses dos trabalhadores. “Enquanto há um ataque aos direitos da classe trabalhadora na Europa, setores conservadores na América Latina estão se utilizando da crise internacional para fazer terrorismo e ameaçar os trabalhadores”, alertou.
O dirigente da Contraf-CUT também denunciou a política desumana dos bancos internacionais. “O HSBC sai de um País para outro atrás de resultados, sem compromisso com a população. Persegue trabalhadores e dirigentes sindicais”, frisou. Ele lembrou a denúncia feita em Curitiba, sobre a espionagem de 164 bancários afastados por motivo de saúde. “Entregamos a denúncia ao ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, que prometeu investigar o caso”.
O sindicalista brasileiro ainda denunciou o Itaú que, no processo violento de demissões, fechou cerca de oito mil postos de trabalho em um ano, o que é inaceitável para o banco privado que mais lucra no Brasil. “Não adianta ter crescimento econômico com aumento real de salário, se continuar essa política de rotatividade dos bancos”, apontou.
Globalização forçada – O embaixador e representante permanente do Brasil na Aladi e no Mercosul, Ruy Carlos Pereira, chamou a atenção de que “a globalização é uma abertura forçada pela indústria” e que “estamos assistindo uma reinvenção do capitalismo”. Para ele, o processo de integração na América Latina é diferente da União Europeia. “Lá foi para evitar uma guerra, aqui o que se busca é a integração”, comparou.
Sistema financeiro na AL – A AEBU apresentou a situação do sistema financeiro na América Latina. Enquanto na década de 90 houve um aumento da participação dos bancos estrangeiros no total dos ativos, de 11% para 31% entre 1995 e 2000, ocorreu uma redução na primeira década deste século, diminuindo de 40% para 35% entre 2008 e 2010. Foi destacado o ingresso a partir de 2000 do Santander e do BBVA na região, especialmente no Brasil e no México, bem como a expansão de bancos de alguns países latino-americanos, como o Itaú. Entre os desafios e oportunidades, a AEBU apontou a importância dos bancos públicos, que tem cumprido papel estratégico no enfrentamento da crise internacional."
O encontro contou com a participação do presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças, Carlos Cordeiro, do diretor regional da UNI Américas Finanças, André Rodrigues, e do presidente e secretário-geral da Associação dos Empregados Bancários do Uruguai (AEBU), Gustavo Pérez e Fernando Gambera, respectivamente. Eles enfatizaram a necessidade de atuar cada vez mais conjuntamente na América Latina para defender os direitos dos trabalhadores e ampliar as conquistas.
Cordeiro defendeu mais organização, mobilização e negociação para defender os interesses dos trabalhadores. “Enquanto há um ataque aos direitos da classe trabalhadora na Europa, setores conservadores na América Latina estão se utilizando da crise internacional para fazer terrorismo e ameaçar os trabalhadores”, alertou.
O dirigente da Contraf-CUT também denunciou a política desumana dos bancos internacionais. “O HSBC sai de um País para outro atrás de resultados, sem compromisso com a população. Persegue trabalhadores e dirigentes sindicais”, frisou. Ele lembrou a denúncia feita em Curitiba, sobre a espionagem de 164 bancários afastados por motivo de saúde. “Entregamos a denúncia ao ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, que prometeu investigar o caso”.
O sindicalista brasileiro ainda denunciou o Itaú que, no processo violento de demissões, fechou cerca de oito mil postos de trabalho em um ano, o que é inaceitável para o banco privado que mais lucra no Brasil. “Não adianta ter crescimento econômico com aumento real de salário, se continuar essa política de rotatividade dos bancos”, apontou.
Globalização forçada – O embaixador e representante permanente do Brasil na Aladi e no Mercosul, Ruy Carlos Pereira, chamou a atenção de que “a globalização é uma abertura forçada pela indústria” e que “estamos assistindo uma reinvenção do capitalismo”. Para ele, o processo de integração na América Latina é diferente da União Europeia. “Lá foi para evitar uma guerra, aqui o que se busca é a integração”, comparou.
Sistema financeiro na AL – A AEBU apresentou a situação do sistema financeiro na América Latina. Enquanto na década de 90 houve um aumento da participação dos bancos estrangeiros no total dos ativos, de 11% para 31% entre 1995 e 2000, ocorreu uma redução na primeira década deste século, diminuindo de 40% para 35% entre 2008 e 2010. Foi destacado o ingresso a partir de 2000 do Santander e do BBVA na região, especialmente no Brasil e no México, bem como a expansão de bancos de alguns países latino-americanos, como o Itaú. Entre os desafios e oportunidades, a AEBU apontou a importância dos bancos públicos, que tem cumprido papel estratégico no enfrentamento da crise internacional."
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