"Os números decorrentes da aplicação da revisão e do reajuste tarifário na AES Eletropaulo derrubaram as ações da empresa no pregão da BM&FBovespa desta terça-feira (3/7). Os papéis chegaram a registrar queda de mais de 12% e fecharam o dia com desvalorização de 9,41%.
Segundo os analistas ouvidos pelo Jornal da Energia, o que levou ao desempenho foi um corte ainda maior do que o previsto nas tarifas da empresa. A Aneel havia colocado em audiência pública um índice de revisão tarifária de -8,81% para a distribuidora, mas, em reunião na noite de segunda (2), optou por um índice final de -9,33%.
"O que aconteceu foi pior do que o mercado estava esperando. Existia uma expectativa de que a companhia poderia pleitear e conseguir um reajuste melhor", resumiu William Castro Alves, da XP Investimentos.
A corretora Concórdia divulgou nota à imprensa em que opinou que o índice aprovado "trará maior pressão aos resultados operacioanis e às margens da empresa". E salientou que, "por hora", segue com "preferência por outras empresas do setor elétrico para investimento em bolsa".
Alves, da XP, destacou que "o terceiro ciclo de revisão tarifária tem sido punitivo para o segmento de distribuição de energia, que vinha tendo uma rentabilidade muito boa". Isso porque a Aneel reduziu o WACC regulatório, "o que faz com que as empresas tenham de buscar um custo de capital mais baixo para alcançar a rentabilidade estimada pela agência".
Na cola da Eletropaulo, CPFL e EDP, que também atuam com distribuição de energia, fecharam em queda, de 3,27% e 2,75%, respectivamente.
Após a aplicação também do índice de revisão anual, os consumidores da Eletropaulo sentirão uma redução média de 2,2% nas tarifas. A empresa atende a capital e mais 23 cidades de São Paulo."
Extraído de http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=10402&id_secao=17
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