"Os trabalhadores do Grupo Eletrobras em todo o País anunciaram greve em virtude do descontentamento com a proposta apresentada pela holding nas últimas rodadas de negociação. Os funcionários pedem reajuste salarial e de benefícios em torno de 11%, enquanto a proposta da empresa chega a 5,1%.
A paralisação foi aprovada pela maioria dos 27 mil trabalhadores do grupo, representados pelo Coletivo Nacional dos Eletricitários. A categoria fará paralisação de 72 horas a partir da zero hora desta quarta-feira (4/7) - com exceção dos funcionários de Furnas no Estado de São Paulo e Minas Gerais, que param por 48 horas, nos dias 5 e 6 de julho.
Segundo o diretor do Sindicato dos Eletricitários do Rio de Janeiro, Emanuel Mendes, que também é diretor da Associação dos Empregados da Eletrobras, a holding marcou uma reunião para o dia 11 de julho, mas ainda não possui uma nova proposta. Segundo Mendes, a Eletrobras ainda precisa negociar com o governo federal para poder apresentar novos números..
Caso a Eletrobras não apresente melhorias na oferta, os eletricitários prometem anunciar greve por tempo indeterminado a partir de 16 de julho. “No ano passado nós tivemos ganho real de 1%, disseram que por causa do problema da crise não ia dar para ser maior. Somos a primeira categoria de grande porte a negociar com o governo. Enquanto que algumas categorias que negociam depois, como os petroleiros, conseguiram ganho maior”, critica Mendes.
Apesar de respeitar a lei de greve, que determina que pelo menos 30% das atividades sejam mantidas, visto que o setor elétrico é um serviço público essencial, o diretor revela que para algumas áreas, como a operacional, não haverá trocas de turno. “Não vai ter apagão. Só que os funcionários não vão fazer as trocas de turno”. No entanto, o diretor admite que o trabalho ininterrupto pode causar cansaço e desatenção dos trabalhadores."
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