"Mesmo com a sinalização recente do secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann, de que o País não tem a intenção de construir novas usinas nucleares a médio prazo, a Eletrobras Eletronuclear acredita que uma quarta planta da fonte poderia entrar nos planos para 2022 ou 2023. A companhia tem na manga 40 áreas viáveis para um nova central atômica e espera aval do governo para estudos mais detalhados.
O assessor da presidência da estatal, Leonam dos Santos Guimarães, confirmou que não existe sinalização do governo para inclusão de outra nuclear, além de Angra 3, no Plano Decenal de Expansão de Energia 2012-2021, que deve ser lançado ainda este ano. Por outro lado, o executivo vê a possibilidade de novidades para os próximos planos.
O assesor, que conversou com o Jornal da Energia, também levanta a possibilidade de que o projeto nuclear de número quatro seja inserido no Plano Nacional de Energia para até 2035 – o atual pontua as expectativas do governo na área até 2030.
Ao ser questionado sobre a localização da planta, Guimarães disse que um estudo identificou cerca de 40 áreas que poderiam abrigar usinas. Nesse sentido, todos os estados brasileiros apresentaram áreas com potencial, com exceção de Rio Grande do Norte, Paraíba, Mato Grosso do Sul e Acre. “O trabalho foi feito inicialmente focado em regiões entre o Recife e Salvador; depois foi expandido para todo o território nacional”, explicou.
A segunda fase deste processo seria acessar estes locais para locais para fazer estudos mais aprofundados. Mas essa etapa está suspensa, no aguardo de uma sinalização por parte do governo.
O Plano Nacional de Energia 2030 (PNE 2030) sinaliza que o País precisaria expandir a oferta de energia nuclear em 4 mil MW. Metade dessa capacidade seria implantada no Nordeste - e a outra parte no Sudeste. Mas, segundo Leonam, isso só será definido nos próximos anos. “Nós temos expectativas, mas quem decide não somos nós”.
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