segunda-feira, 21 de maio de 2012

Preço da energia no Brasil não pode ser comparado a outros países, diz Cesp (Fonte: Jornal da Energia)

"Em meio à discussão de que após o término das concessões será possível baixar o preço da tarifa de energia no País, o presidente da Cesp, Mauro Arce, afirmou que a simples comparação com o valor em outros países é superficial, sendo necessária uma discussão mais ampla.

“E essa história de baixar a tarifa após o final das concessões, até pouco tempo apontada como a única solução, se mostrou totalmente insuficiente”, disse, em teleconferência com investidores nesta sexta-feira (18/5).

“Mesmo se a gente entregasse toda um pacote, com mais de 20% da capacidade a preço zero, o efeito sobre a tarifa seria muito menor (do que as especulações recentes)”, disse. Posteriormente, Arce estimou que, entregando toda a energia de graça, o valor abaixaria em 6% - e não em dois dígitos, como tem se falado.

Incomparável

Para o executivo, quando se compara nossa tarifa com a praticada nos Esdados Unidos e Europa, deve-se levar em consideração o câmbio e as peculiaridades do cenário brasileiro.

“Outro exemplo é o gás boliviano que é reajustado pela valorização cambial”, disse,  acrescentando que as perdas por aqui ainda são muito mais altas do que as de outros países, especialmente os desenvolvidos - principalmente devido aos furtos e os conhecidos “gatos” nas áreas de distribuição.

O executivo da Cesp disse ainda que no Brasil, a região mais desenvolvida tem um consumo residencial de 178 kw por mês, enquanto nos Estados Unidos essa demanda é de 1.000 kw por mês. “A Noruega subsidia alumínio, aqui o benefício é para o consumidor de baixa renda”, exemplificou.

Ainda assim, ele preferiu não entrar em polêmicas, como o debate de que o País tem a maior tarifa do mundo.  “Mas o lado positivo é que agora se resolveu fazer um debate mais amplo”, disse, levando em conta as informações de que o governo estuda reduzir tributos sobre energia."
Extraído de http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=9953&id_secao=12

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