"Correio Braziliense - 23/01/2012
A presidente Dilma Rousseff está fazendo agora na Petrobras o mesmo que realizou no setor elétrico no início do ano passado. São duas áreas nas quais a presidente tem muita experiência. Foi o conhecimento amplo do setor que seduziu Lula durante o governo de transição. Em 2002, o petista ignorou os acertos políticos feitos pelo futuro chefe da Casa Civil, José Dirceu, de entregar o Ministério de Minas e Energia para o PMDB e decidiu que Dilma era a dona da vaga.
Pouco mais de um mês depois que assumiu o Planalto, Dilma enfrentou novamente o PMDB e fez uma "limpa" dos apadrinhados peemedebistas alojados no setor elétrico. Tirou a Eletrobras do comando do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e Furnas do controle do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Agora, mais uma vez, Dilma agiu no seu setor preferido. Depois de aguentar por um ano a indicação de Lula para a presidência da Petrobras, resolveu colocar um nome de sua confiança. Maria das Graças Foster já esteve duas vezes para assumir um cargo de maior destaque. Na primeira, Lula pediu para Dilma manter Gabrielli. No segunda, o ex-presidente insistiu para que o indicado fosse Antonio Palocci (o cargo em questão era a Casa Civil). Palocci deixou o ministério em junho de 2011. Gabrielli deve sair em fevereiro deste ano."
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