"Autor(es): Por Marta Nogueira | Do Rio
Valor Econômico - 31/01/2012
O leilão das linhas de transmissão para a usina de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, deve acontecer no fim do ano ou início de 2013. A afirmação foi feita pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, que participou ontem do congresso de geração de energia, EngerGen LatAn 2012. Já a licitação para a transmissão da energia produzida pela usina Teles Pires, no rio Teles Pires, em Mato Grosso, está prevista para este ano
"Para [o leilão de transmissão para] Belo Monte, o projeto está praticamente pronto e vamos encaminhar para o ministério no primeiro trimestre", disse Tolmasquim. "A gente vai ter linha em corrente alternada para o Nordeste e linha de corrente contínua para o Sudeste", explicou o presidente.
No mesmo evento, o presidente da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), João Bosco de Almeida, afirmou que é cedo para falar em atraso da linha de transmissão de Belo Monte. A Chesf tem 20% do consórcio Norte Energia, para a construção da usina, e, segundo o executivo, a empresa planeja participar também do leilão de transmissão. Almeida destacou que o projeto soma investimentos de R$ 3 bilhões e será necessário incluir várias empresas transmissoras, por ser um investimento muito grande.
"Eu entendo que esse sistema de transmissão será tocado por uma grande parceria entre os principais agentes que temos hoje no mercado", disse Almeida. De acordo com ele, primeiro será concluído o leilão para a transmissão de Teles Pires, que no final vai complementar Belo Monte.
"A usina está começando, temos tempo. A primeira máquina da usina deve entrar em funcionamento em 2015. Temos quatro anos para tocar a transmissão", explicou Almeida.
O presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais, também saiu em defesa de Belo Monte e disse que o leilão da linha de transmissão não está atrasado. Segundo Morais, o governo está dando prioridade para o leilão da linha de transmissão de Teles Pires. A Cemig planeja participar dos dois leilões. "Teles Pires não pode atrasar porque o projeto de geração precisa da linha de transmissão. Qualquer que seja a antecipação que venha a ser dada de geração, é de fundamental importância que a linha esteja viabilizada", destacou. "Se o governo liberar Teles Pires para março ou abril, está dentro do cronograma.""
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