sexta-feira, 1 de julho de 2011

"Conselho pediu corte de 10% em plano da Petrobras" (Fonte: Valor Econômico)

"O conselho de administração da Petrobras pediu na última reunião com a diretoria que sejam apresentadas alternativas para o corte no plano de negócios 2011/2015, que está sendo desenvolvido pela estatal. Desde maio, a diretoria da Petrobras apresentou por duas vezes a proposta de um novo plano, mas não obteve o sinal verde.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que não faz parte do conselho, explicou que na primeira reunião, em maio, o conselho pediu uma redução de 10% nos valores apresentados - os quais ele não especificou. De acordo com o ministro, isso significaria uma redução de "US$ 20 e poucos bilhões".
Na segunda reunião, em junho, a proposta da diretoria girava em torno do valor pedido no encontro anterior. Porém, os conselheiros não concordaram com os projetos nos quais seriam feitos os cortes.
"A Petrobras apresentou determinados pontos de corte para investimento para fazer a redução. O conselho achou que aquilo era insuficiente; queria mais alternativas", frisou Lobão.
O ministro se apressou em dizer que não haverá cortes nem adiamentos nos projetos das quatro refinarias planejadas pela companhia. Atualmente estão em construção as refinarias de Abreu e Lima, em Pernambuco, e o Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí (RJ). Além disso, estão planejadas duas refinarias premium, uma no Maranhão e outra no Ceará.
O ministro acrescentou ainda que a área de biocombustíveis também não deverá sofrer reduções. O atual plano de investimentos da estatal, que cobre o período de 2010 a 2014, prevê investimentos de US$ 224 bilhões no período.
Segundo Lobão, o ministério trabalha com a possibilidade de realizar a 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) neste ano, apesar de o leilão ainda não ter sido aprovado oficialmente pela presidente Dilma Rousseff.
Questionado sobre a demora da presidente em assinar a autorização para a realização da rodada, o ministro ressaltou que Dilma quer estudar mais atentamente a recomendação feita pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). "Não foi a única coisa que ela não assinou ainda", brincou.
A 11ª Rodada de Licitações da ANP já foi aprovada pelo CNPE, mas ainda está sem data, o que preocupa a indústria. Lobão lembrou que o CNPE é um órgão consultivo da presidência e cabe a Dilma a palavra final. Apesar de a regra da ANP determinar que a licitação deverá ser feita pelo menos 120 dias depois da publicação do edital, Lobão afirmou que o ministério não trabalha com a possibilidade de que a rodada fique para 2012. A 11ª Rodada prevê a licitação de blocos na Margem Equatorial, com áreas terrestres e marítimas, porém fora do pré-sal."

Siga-nos no Twitter: www.twitter.com/AdvocaciaGarcez

Nenhum comentário:

Postar um comentário