quinta-feira, 9 de junho de 2011

"Petros pretende investir R$1,5 bi em óleo e gás" (Fonte: O Globo)

"Meta é para 4 anos e mais que dobra valor investido em fundos de participações. Estaleiros e aeroportos estão na mira

A Petros, segundo maior fundo de pensão do país, pretende investir R$1,5 bilhão na cadeia produtiva de óleo e gás nos próximos quatro anos. O montante é mais que o dobro (R$1,3 bilhão) do que ela tem hoje nos chamados Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), por meio dos quais faz aportes em empresas, especialmente as de capital fechado. Atualmente, a Petros tem 18 FIPs, com investimentos em diversos setores, de telecomunicações a logística.
O primeiro passo desse movimento foi dado no início deste ano, quando a Petros anunciou sua participação no FIP Sondas, no qual terá uma participação de até 25% ou R$500 milhões. São cotistas do FIP Sondas os bancos Santander e Bradesco, além de outros fundos de pensão. Por meio desse FIP, a Petros será acionista indireta da Sete Brasil, holding criada pela Petrobras responsável pela contratação de sondas para o pré-sal.
- Com encomendas garantidas pela Petrobras, investimentos como esse têm risco muito pequeno. Acreditamos que o setor de petróleo e gás vai avançar muito nos próximos anos - disse Luís Carlos Afonso, presidente da Petros.
Ele também avalia investimentos, via FIPs ou compras diretas de participações, em empresas de médio porte da cadeia produtiva do petróleo. Além da aposta na elevada rentabilidade dos investimentos em óleo e gás - necessária para que a Petros honre os compromissos financeiros com seus participantes - a estratégia também ajuda a fortalecer os negócios de sua principal patrocinadora, a Petrobras.
Afonso também afirma ver com interesse investimentos em estaleiros, portos e aeroportos. Segundo ele, já há conversas com estaleiros no Rio e fora do estado. No caso dos aeroportos, que serão privatizados pelo governo Dilma Rousseff, as discussões ainda são internas. Em todos os casos, diz o executivo, as participações deverão ficar entre 10% e 15%, como o fundo costuma fazer. Ano passado, por exemplo, a Petros adquiriu 12,7% das ações ordinárias (com direito a voto) da Itaúsa."


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