“Autor(es): Josette Goulart | De São Paulo |
A fundação dos funcionários do Banco do Brasil, a Previ, está esvaziando suas empresas de papel que detêm participações em diferentes empresas com objetivo de fechá-las em breve. Ontem, o fundo anunciou a transferência da quase totalidade das ações que possui da Neoenergia que estavam na 521 Participações para o BB Carteira Livre 1, que pertence ao fundo. Em valores contábeis, a transferência soma cerca de R$ 1,7 bilhão, referentes a 955 milhões de ações de emissão da companhia de energia. A participação da Previ na empresa, entretanto, chega a R$ 3,6 bilhões em valores econômicos atualizados até dezembro de 2010, segundo consta do relatório anual do fundo. O diretor de participações da Previ, Marco Geovanne Tobias da Silva, diz que o objetivo das transferências de ações é eliminar papelada e também reduzir custos. Essa simplificação também facilita a reorganização societária que eventualmente o fundo venha a fazer nas suas empresas de energia, pois resume as decisões a apenas um CGC (Cadastro Geral de Contribuintes), segundo Geovanne. As ações que a Previ detém na CPFL Energia também estavam na 521 Participações, mas já em 2009 foram transferidas para o BB Carteira Livre I. No balanço anual da Previ, não há uma abertura do valor da participação do fundo na CPFL, pois é incluída na contabilização do BB Carteira Livre, que tem como dono exclusivo a Previ. A empresa de papel conhecida como 521 foi criada em 1996 e passou a ser o veículo usado pela Previ para participar das privatizações do setor de energia. A estrutura dessas empresas de papel exige, cada uma, um diretor financeiro, publicações de balanços, de comunicados, aviso aos acionistas e toda a sorte de documentos exigidos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). "É uma quantidade enorme de papel que tenho que assinar todos os dias só por causa dessas empresas", diz Geovanne. As empresas de energia estão entre os principais ativos da Previ e também fazem parte da lista de desenquadramento do fundo. A participação na Neoenergia e na CPFL excede, nos dois casos, o limite de 25% do capital total e do capital votante. Esse é inclusive um dos motivos que está levando o fundo a rever suas participações nas empresas do setor. Como é sabido, o fundo negocia com seus sócios uma reestruturação. Como o Valor informou a proposta hoje em estudo é de que a Iberdrola venda a Elektro para a CPFL e passe a ser majoritária na Neoenergia. Também se estuda a transferência da Celpe, Belo Monte e Cosern para a Previ. Geovanne não quis comentar o assunto diz que as negociações ainda estão longe de serem fechadas.” Cadastre-se para receber a newsletter da Advocacia Garcez em nosso site: http://www.advocaciagarcez.adv.br |
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terça-feira, 3 de maio de 2011
Banco do Brasil: “Previ começa a fechar suas empresas de ‘papel’” (Fonte: Valor Econômico)
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