RIO - Doze dias após ser confirmado no cargo, o novo presidente de Furnas Centrais Elétricas, Flávio Decat, assumiu nesta terça-feira, 15, a cadeira em cerimônia que contou com a presença de funcionários e da alta cúpula do setor elétrico, mas sem políticos por perto.
Exaltando a importância da companhia no cenário elétrico nacional e aos brados de "Viva Furnas", o novo presidente prometeu aumentar a transparência na empresa e garantiu que vai passar um "pente-fino" nas instalações da companhia para evitar novos apagões.
Apesar de ter se referido especialmente ao blecaute ocorrido em 2009, pelo qual a empresa foi responsabilizada, a suposta "operação pente-fino" fez alusão ao desgaste da gestão anterior, que sai sob denúncias de desvios de caixa. A própria indicação de Decat para o cargo pôs fim à primeira disputa partidária dentro do atual governo.
Quando seu nome foi defendido publicamente pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, dentro da corrente ligada ao presidente do Senado, José Sarney (AP), o líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), rejeitou a indicação e ameaçou colocar os cargos do partido à disposição. A presidente Dilma Rousseff decidiu confirmar o nome como forma de barrar a pressão dos peemedebistas ligados ao deputado Eduardo Cunha (RJ).
Decat afirmou que deverá compor sua diretoria com base em critérios "estritamente técnicos", mas indicações serão feitas por Dilma. "Ao escolher um ex-servidor dessa Casa para presidi-la, a presidente demonstra a confiança no futuro desta empresa."
O desafio agora, disse ele, também será pacificar a empresa, alvo de investigação pela Controladoria-Geral da União e pelo Tribunal de Contas da União. "Vamos pacificar a Casa e ter a transparência mais absoluta possível.""
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