"Organizar trabalhadores, fortalecer os sindicatos filiados e negociar direitos. Esses são os eixos do programa Rompendo Barreiros que a United Network International (UNI) deseja aprofundar no Brasil, Rússia, Índia, China, Turquia e em nações do continente asiático.
A entidade com sede em Nyon, na Suíça, representa mais de 20 milhões de trabalhadores dos setores de telecomunicações, serviços, serviços gráficos e entretenimento em cerca de 150 países no mundo.
De acordo com o brasileiro Marcio Monzane, diretor da UNI na América Latina para as áreas de finanças e comércio, a entidade atua em parceria com os sindicatos, federações e confederações locais para negociar com as multinacionais normas que levem em conta critérios definidos por entidades como a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “Atuamos ao lado dos trabalhadores para garantir acordos macros que tenham como princípio o direito à negociação coletiva, à liberdade sindical e que garantam melhor condição de vida”, disse.
Plataforma unificada –Segundo Monzone, a organização já conseguiu firmar acordos com multinacionais como Wal Mart, Santander, Telefonica, no caso dessa última inclusive com proteção aos terceirizados, além de atuar na organização dos trabalhadores em setores importantes de China, Índia e África.
Apesar das normas serem extensivas a todos os países onde as companhias atuam, em nenhum caso foi possível ainda concretizar a negociação com uma empresa de origem latino americana. A primeira deve ser justamente uma brasileira, o Banco do Brasil. “Acredito que até o meio do ano tenhamos concluído as discussões, facilitadas pelo fato do banco estar ligado a um governo progressista, que respeita o direito do trabalhador”, aponta.
Para o dirigente, um dos principais problemas para construir acordos unificados é o fato de um mesmo ramo ser representado por diferentes centrais e sindicatos.
Porém, o crescimento econômico e a ampliação de vagas e de empregos com carteira assinada exige superar essas diferenças para definir um plano de lutas conjunto. “Temos um Comitê de Enlace no Brasil formado por todos os sindicatos filiados a nós e que estão ligados à CUT, UGT e Força Sindical. Devemos estabelecer um plano de ação para os próximos 10 anos que tenha como meta apoiar federações e sindicatos para que cresçam e ajudem também a incluir setores não tradicionais, como os terceirizados, a conquistarem mais direitos”, avalia Monzone.
Dentro desse plano será contemplada ainda a discussão sobre a atividade informal dos trabalhadores envolvidos nos projetos da Copa do Mundo e das Olimpíadas que o país sediará nos próximos anos. Isso inclui os atletas. “A maioria dos atletas amadores tem apenas o patrocínio, não possui um contrato profissional, especialmente na área do atletismo, e isso não é ideal. A situação piora ainda mais quando não são profissionais de destaque ou iniciantes. Esse também faz parte da nossa pauta”, define."
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