"NOVA YORK, SÃO PAULO e RIO - Empresas multinacionais, greves multinacionais. Trabalhadores de redes globais de fast-food, como McDonald’s e Burger King, apostaram ontem nisto e realizaram manifestações e greves em 150 cidades americanas e em ao menos 30 países, como Alemanha, Japão e Reino Unido, em busca de salários e condições de trabalho melhores. No Brasil, os protestos aconteceram em São Paulo, Curitiba, Goiânia, Porto Seguro, Brasília e Manaus.
Nos últimos 18 meses, os trabalhadores do setor vêm fazendo paralisações de um dia nos EUA, mas sem sucesso nas reivindicações, como elevação do salário-base para US$ 15 por hora. Eles são apoiados pelo grupo pró-direitos trabalhistas Fast Food Forward e pelo Sindicato Internacional de Empregados de Serviços, que representa mais de dois milhões de trabalhadores. As empresas dizem que o valor mais alto do salário prejudicaria sua capacidade de criar empregos.
Como parte da mobilização global, cerca de 50 funcionários e ex-funcionários do McDonald’s realizaram ato, por uma hora, em frente a uma loja da rede na Avenida Paulista. A má qualidade da alimentação oferecida aos empregados e a “jornada móvel flexível” — que não tem amparo legal no Brasil — também foram criticados.
Até fraudes nos contracheques, com erros na subtração dos impostos, foram citadas. Segundo Antonio Carlos Lacerda, diretor jurídico do Sinthoresp, sindicato que representa os trabalhadores do setor, a relação com o McDonald’s é difícil, pois a empresa não cumpre “os vários acordos assinados com a categoria e com o Ministério do Trabalho e Ministério Público do Trabalho (MPT)..."
Integra disponível em O Globo
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