"A queda dos investimentos em energia renovável acelerou em 2013, assim como o custo dos painéis solares e parques eólicos. Tal fato, teria abalado a confiança dos investidores nas alternativas para os combustíveis fósseis. Segundo a Bloomberg New Energy Finance (Bnef), o valor dos financiamentos de projetos de eficiência e energia limpa caiu 12% no ano passado, para US$254 bilhões. Mais rápido que a queda de 9,1%, que foi para US$289 bilhões, em 2012, a partir do nível recorde de US$318 bilhões do ano anterior.
Os resultados, divulgados em reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, é uma alternativa para os esforços a fim de aumentar o financiamento para as fontes de energia mais limpa. Os investimentos anuais em energias renováveis devem dobrar para US$500 bilhões até o final desta década e para US$1 trilhão até 2030. Esta medida seria uma forma de diminuir o aquecimento global, conforme afirmou o Ceres - grupo conselheiro dos investidores em questões de sustentabilidade, sediado em Boston.
"Há uma lacuna enorme nos investimento em energia limpa", destacou o diretor executivo do Sistema de Aposentadoria dos Professores do Estado da Califórnia - segundo maior fundo de pensão público dos EUA, Jack Ehnes. "Atender a meta de US$ 1 trilhão por ano vai ser um desafio, mas é onde precisamos estar, a fim de proteger e aumentar nosso portfólio e para assegurar a sustentabilidade a longo prazo do nosso planeta".
O declínio dos investimentos no ano passado foi em parte devido aos avanços tecnológicos, responsável pela queda nos custos da energia limpa, tornando-a mais acessível, conforme ressaltou o presidente do conselho consultivo da Bloomberg New Energy Finance, Michael Liebreich.
Investidores europeus proveram US$ 57,8 bilhões para as energias renováveis no ano passado, muito menos que os US$97,8 bilhões em 2012. A China diminuiu em 3,8%, o que ficou em US$ 61,3 bilhões, seu primeiro declínio em mais de uma década. Já os EUA, a queda nos investimentos foi de 8,4%, para US$ 48,4 bilhões.
O único a crescer os investimentos da lista, o Japão, que está utilizando mais a energia solar desde o desligamento dos seus reatores nucleares, aumentaram 55%, passando para US$35,4 bilhões.
O evento da ONU reuniu mais de 500 políticos e executivos financeiros com o objetivo de incitar os investidores a reforçarem o seu apoio às energias renováveis, além de tentar convencê-los de que as energias renováveis vão oferecer retornos de longo prazo.
A meta defendida pelos ministros de mais de 190 nações é a de limitar o aquecimento global a 2o Celsius até o final do século. As temperaturas já aumentaram cerca de 0,8o C desde a revolução industrial e está no caminho certo para a maior mudança desde a última era glacial, há mais de 10.000 anos."
Fonte: Jornal da Energia
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