"A Copel colocou novamente ao mercado seu interesse em reavaliar a aquisição dos ativos de distribuição da Rede Energia - Enersul e Companhia de Força e Luz do Oeste (CFLO). No mês de maio a companhia paranaense em parceria com a Energisa formalizou interesse pelas concessões do Rede, mas desistiu no mês seguinte, por conta do curto tempo que teria para apresentar uma proposta vinculante e, em juízo, pelos ativos. A Energisa, no entanto, permaneceu na disputa e teve sucesso com os credores da holding e está dependendo apenas do aval judicial para aprovação de sua proposta.
“Dado o cenário, mais aberto de apresentação de proposta, nosso foco pode novamente se dirigir à Enersul e CFLO. Mas, de qualquer modo, somos muito disciplinados financeiramente do ponto de vista do custo de capital”, declarou o diretor de Relações com Investidores da Copel, Luiz Eduardo Sebastiani, durante teleconferência nesta sexta-feira (16/08)
E essa disciplina, vinculada ao termo rentabilidade, foi ressaltada a todo o momento por Sebastiani, que também abordou o interesse em novas aquisições e participação em leilões. Além disso, o diretor apontou que aquisição da hidrelétrica Sinop (400 MW) também está sendo avaliada, dada a sinergia que o projeto tem com a hidrelétrica Colíder (300MW), construída pela empresa.
“Agora identificamos as eólicas e a participação de 30% na usina Baixo Iguaçu. Também participamos dos dois leilões de transmissão neste ano, mas nenhum apresentou condições de atração de rentabilidade para proposta. Os que vêm pela frente, como a usina Sinop, a construção é identificada como importante para a Copel, possivelmente em participação com outra empresa em consórcio. Mas só apresentaremos proposta se tiver rentabilidade”, ponderou Sebastiani.
E, apesar da possibilidade dessas novas aquisições, Sebastiani também deixou claro que o foco na própria distribuidora, Copel-D, que já tem apresentado bons resultados dentro do plano de redução de custos e busca de eficiência iniciado neste ano.
“Vamos concentrar nossos esforços na Copel Distribuição, esse é o nosso foco maior, e certamente os resultados virão pelo o que estamos identificando. E, se tivermos os resultados, isso nos animará para outros negócios.”
A empresa tem apostado nas ações implementadas e prevê melhores resultados nesse segundo semestre e melhores ainda em 2014. Uma das ações para otimizar isso foi a reestruturação dos cargos e o plano de demissão voluntário. A partir disso, até 2015, a expectativa é de uma crescente nas margens, sendo projetado um Ebitda de R$450 milhões a R$500 milhões até o final de período.
E pelas boas perspectivas na recuperação da distribuidora, com seu plano de recuperação, a Copel espera manter a sua concessão de distribuição. “Nossa expectativa é a melhor possível porque duas questões são avaliadas nesse processo: questão de qualidade da prestação serviço, e a situação econômica e financeira. Só após a divulgação dos critérios nós teremos a convicção das ações para garantir a renovação”, explicou o diretor de Distribuição, Vlademir Santo Daleffe."
Fonte: Jornal da Energia
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