"Em defesa da cidadania, do desenvolvimento e da valorização do trabalho. Com essas bandeiras as centrais sindicais - Força Sindical, CUT, CTB, NCST, CGTB e UGT - vão realizar a 7ª Marcha à Brasília (DF), nesta quarta-feira (6) a partir das 9h. O objetivo é pressionar o governo federal e o Congresso Nacional pela retomada dos investimentos públicos e por salários e empregos de qualidade no Brasil, com a garantia de contrapartidas sociais.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), destaca a importância da unidade das centrais e da mobilização dos trabalhadores. “Por mais que o governo seja comandado por uma pessoa que participou da luta armada e que tem um bom histórico, não passa de um governo de coalizão. Os trabalhadores têm que estar organizados e prontos para influenciar esse governo, que é conservador”, ressalta.
Os manifestantes vão se concentrar em frente ao Estádio Mané Garrincha e caminharão até o Congresso Nacional. Mais de 40 mil pessoas são aguardadas para o ato. Ao todo, 12 reivindicações dos trabalhadores do campo e da cidade vão ser apresentadas à presidenta Dilma Rousseff que, por sua vez, sinalizou receber pessoalmente os representantes das centrais sindicais.
“A gente espera que ela receba e que também possa atender às nossas reivindicações”, disse Wagner Gomes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Entre as bandeiras do movimento estão a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, o fim do fator previdenciário e a reforma agrária – com o assentamento de 200 mil famílias.
Além disso, as centrais também reivindicam 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação e para a saúde, a regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a ratificação da Convenção 158 e a valorização dos trabalhadores aposentados e pensionistas.
A Marcha à Brasília já foi realizada seis vezes, sendo a última em 2009. As primeiras foram feitas à pé e os sindicalistas reivindicavam aumento real para o salário mínimo.
Economia e desemprego
De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira cresceu 0,9% em 2012, abaixo da estimativa de alguns economistas que calculavam 1,5%. A Pesquisa Mensal de Emprego do instituto ainda demonstrou que a taxa de desemprego subiu para 5,4% em janeiro - havia sido de 4,6% em dezembro.
Para acelerar a economia e criar mais empregos, é necessário que o governo continue incentivando o mercado interno, na avaliação do secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna). De acordo com ele, as demissões massivas não podem continuar como vêm ocorrendo hoje em dia.
“Mesmo naqueles projetos em que o governo tem dado incentivo com a redução dos impostos, não há um controle social sobre as não demissões”, pontua.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, acredita que se o superávit primário tivesse sido investido na economia, o Brasil já teria recuperado o fortalecimento da indústria nacional."
Fonte: Brasil de Fato
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