"O Tesouro Nacional poderá injetar mais recursos no sistema elétrico, desta vez para socorrer as distribuidoras de eletricidade frente ao custo adicional ocasionado pelo uso das termelétricas, que estão funcionando a pleno vapor devido ao baixo nível de água dos reservatórios das hidrelétricas. Com a medida, o governo espera reduzir a pressão inflacionária que o aumento das contas de luz provocaria.
Segundo fonte do governo, o custo das térmicas será pago com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) — antigo tributo que passou recentemente a ser uma espécie de encargo único para todos os subsídios ao setor. A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) estima que a conta pelo uso das térmicas de outubro a janeiro já somou cerca de R$ 4 bilhões.
Aperto
O governo poderá anunciar, já na próxima segunda-feira, uma solução para o problema de falta de dinheiro que afeta boa parte das distribuidoras de eletricidade. Nesta semana, representantes das distribuidoras vieram a Brasília pedir ao governo uma ajuda para pagar a fatura das termelétricas, mais caras que as tradicionais hidrelétricas. Normalmente, o custo com essa operação é arcado, inicialmente, pelas distribuidoras, que só recebem esses recursos meses depois, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autoriza o reajuste anual nas contas de luz.
Em 2013, esse descompasso se tornou ainda mais evidente porque, além de todas as usinas terem sido ligadas para compensar o período de forte estiagem, as distribuidoras também estão em situação financeira mais delicada, em função das perdas geradas pela adesão ao plano do governo de reduzir a conta de luz.
Financiamento privado
O governo quer ampliar a participação dos bancos privados nos financiamentos concedidos pelo Programa de Sustentação do Investimento (PSI), uma linha de recursos com juros baixos utilizada para a aquisição de máquinas, equipamentos e outros itens como caminhões e tratores. A ideia é facilitar o crédito e ampliar os investimentos produtivos, que caíram ao menor patamar dos últimos 20 anos."
Fonte: Correio Braziliense
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