"A crise do investimento foi a principal frustração de 2012, mas o governo encerrou o ano prevendo uma forte recuperação dos gastos com máquinas e em obras de infraestrutura em 2013. Essa crença já era partilhada por poucos analistas. Agora, dizem eles, a atual crise energética vai reforçar a tendência de cautela na retomada dos investimentos produtivos.
Enquanto o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem defendido que os incentivos recentes visam avanço de 8% da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida das contas nacionais do que se investe em máquinas e construção civil) este ano, economistas ouvidos pelo Valor trabalham com alta bem mais modesta - perto de 4%, na média -, a despeito da intensa queda do custo de capital, dos juros reais negativos para a compra de máquinas e de outras medidas de caráter mais estrutural que poderiam reanimar decisões de investir, como o corte nas tarifas de energia elétrica e a desoneração da folha de pagamentos.
Pesam contra um ambiente propício à retomada dos projetos produtivos, a perspectiva de lenta recuperação global e a avaliação de parte dos agentes de que vigora um maior intervencionismo do Estado na economia. Esse cenário de incertezas foi exarcebado pela crise energética e reforçou a percepção de que a retomada da indústria será tímida e se dará em cima da capacidade instalada já existente, dado que o setor opera com nível de ociosidade relativamente elevado. Apesar de o risco de racionamento de eletricidade ser considerado baixo, diz Bráulio Borges, economista-chefe da LCA Consultores, essa possibilidade pode diminuir a confiança do empresariado e adiar decisões de investir.
Impulsionada pelos incentivos do governo, Borges mantém expectativa otimista para a formação de capital físico, com base no aumento do números de consultas ao BNDES e na demanda maior relatada por fabricantes de bens de capital, mas afirma que a questão energética pode frustrar a forte alta de 8,8% esperada para o investimento em 2013. "O risco de racionamento é pequeno, mas o risco de que essa discussão tenha impacto sobre a confiança e o investimento é bem maior", avalia. "Isso só não respinga sobre toda a FBCF porque os investimentos em infraestrutura vão acontecer..."
Enquanto o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem defendido que os incentivos recentes visam avanço de 8% da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida das contas nacionais do que se investe em máquinas e construção civil) este ano, economistas ouvidos pelo Valor trabalham com alta bem mais modesta - perto de 4%, na média -, a despeito da intensa queda do custo de capital, dos juros reais negativos para a compra de máquinas e de outras medidas de caráter mais estrutural que poderiam reanimar decisões de investir, como o corte nas tarifas de energia elétrica e a desoneração da folha de pagamentos.
Pesam contra um ambiente propício à retomada dos projetos produtivos, a perspectiva de lenta recuperação global e a avaliação de parte dos agentes de que vigora um maior intervencionismo do Estado na economia. Esse cenário de incertezas foi exarcebado pela crise energética e reforçou a percepção de que a retomada da indústria será tímida e se dará em cima da capacidade instalada já existente, dado que o setor opera com nível de ociosidade relativamente elevado. Apesar de o risco de racionamento de eletricidade ser considerado baixo, diz Bráulio Borges, economista-chefe da LCA Consultores, essa possibilidade pode diminuir a confiança do empresariado e adiar decisões de investir.
Impulsionada pelos incentivos do governo, Borges mantém expectativa otimista para a formação de capital físico, com base no aumento do números de consultas ao BNDES e na demanda maior relatada por fabricantes de bens de capital, mas afirma que a questão energética pode frustrar a forte alta de 8,8% esperada para o investimento em 2013. "O risco de racionamento é pequeno, mas o risco de que essa discussão tenha impacto sobre a confiança e o investimento é bem maior", avalia. "Isso só não respinga sobre toda a FBCF porque os investimentos em infraestrutura vão acontecer..."
Íntegra disponível em: http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/1/14/oferta-de-energia-complica-ano-ja-dificil-para-o-investimento
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