"A proposta (PL 4368/12) que reestrutura a carreira do magistério e dos servidores da rede federal de ensino gerou polêmica entre as representações sindicais da categoria. A proposta foi debatida, nesta terça-feira, durante audiência pública da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público.
O projeto encaminhado pelo Poder Executivo foi fruto de um acordo assinado por várias entidades representativas do ensino federal. No entanto, a proposta não obteve o aval do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
A presidente do Andes, Marinalva Oliveira, explicou que a proposta do governo representa uma desestruturação da carreira e ainda fere a autonomia das universidades quando determina que as avaliações dos professores serão realizadas pelo Ministério da Educação.
Emendas e greves
Para Marinalva, só é possível aprovar a proposta se as 76 emendas apresentadas pelos parlamentares forem acatadas. "Apresentamos várias propostas de emendas aos deputados, que incorporaram muitas delas à proposta, e a maioria delas contempla o Andes”, disse.
“Se esse PL for aprovado do jeito que está, na sua originalidade, continua sem atender as reivindicações dos docentes. E sem atender as reivindicações dos docentes, a categoria está mobilizada, e corremos o risco de ter uma greve já no ano que vem de novo”, acrescentou a sindicalista.
Avanço nas negociações
Já o coordenador geral da Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra Sindical), que representa o pessoal técnico-administrativo das universidades federais, Paulo Henrique dos Santos, defendeu a proposta, pois segundo ele, representa um avanço nas negociações que vêm sendo realizadas com a categoria.
"Nós assinamos o acordo mesmo com a limitação financeira, mas com algumas outras questões que para nós são fundamentais”, explicou Paulo Henrique. “Por exemplo: o grupo de trabalho que está sendo instalado para a democratização das relações de trabalho na universidade. Essa é uma medida que nós sempre pleiteamos - já avançamos em algumas universidades - no processo de democratização e nos processos de gestão da universidade."
Por sua vez, o representante da Federação de Sindicatos dos Professores de Instituições Federais de Ensino Superior, Eduardo Rolim, afirmou que, apesar de não ser ideal, a proposta tem o apoio dos professores representados pela federação (7 mil), que assinaram em favor da texto proposto pelo governo.
Acatar sugestões
O relator do projeto, deputado Alex Canziani (PTB-PR), afirmou que vai fazer o possível para acatar as sugestões das entidades representativas do magistério federal. Canziani disse ainda que o relatório deve ficar pronto a tempo de a proposta ser analisada e aprovada ainda este ano.
"Nós vamos procurar atender aquilo que for possível, e aquilo que não for possível nós vamos continuar a própria discussão na Casa”, disse o deputado. Ele lembrou que a proposta vai passar por outras comissões, “onde há a possibilidade de novos avanços ou, até mesmo se transformado em lei, eu vejo que o debate vai continuar, novos projetos virão e nós podemos, no futuro, incorporar ideias que por ventura não possam ser incorporadas agora nesse projeto."
Mais de 6 bi por ano
Já o secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público do Ministério do Planejamento, Sergio Mendonça, disse que o impacto do reajuste dos servidores e professores, previsto no PL 4368/12, vai ser de R$ 6,1 bilhões por ano para os cofres do governo. A carreira de magistério federal conta atualmente com 350 mil servidores.
Ele disse ainda que o salário atual da categoria é o que tem maior poder de compra dos últimos 20 anos. Ele admitiu que a proposta ainda não conseguiu agradar a todos, mas que o texto em discussão foi o resultado de duras negociações.
Tramitação da proposta
O projeto que reestrutura a carreira do magistério federal vai ser analisado pelas Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Educação e Cultura; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania."
O projeto encaminhado pelo Poder Executivo foi fruto de um acordo assinado por várias entidades representativas do ensino federal. No entanto, a proposta não obteve o aval do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
A presidente do Andes, Marinalva Oliveira, explicou que a proposta do governo representa uma desestruturação da carreira e ainda fere a autonomia das universidades quando determina que as avaliações dos professores serão realizadas pelo Ministério da Educação.
Emendas e greves
Para Marinalva, só é possível aprovar a proposta se as 76 emendas apresentadas pelos parlamentares forem acatadas. "Apresentamos várias propostas de emendas aos deputados, que incorporaram muitas delas à proposta, e a maioria delas contempla o Andes”, disse.
“Se esse PL for aprovado do jeito que está, na sua originalidade, continua sem atender as reivindicações dos docentes. E sem atender as reivindicações dos docentes, a categoria está mobilizada, e corremos o risco de ter uma greve já no ano que vem de novo”, acrescentou a sindicalista.
Avanço nas negociações
Já o coordenador geral da Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra Sindical), que representa o pessoal técnico-administrativo das universidades federais, Paulo Henrique dos Santos, defendeu a proposta, pois segundo ele, representa um avanço nas negociações que vêm sendo realizadas com a categoria.
"Nós assinamos o acordo mesmo com a limitação financeira, mas com algumas outras questões que para nós são fundamentais”, explicou Paulo Henrique. “Por exemplo: o grupo de trabalho que está sendo instalado para a democratização das relações de trabalho na universidade. Essa é uma medida que nós sempre pleiteamos - já avançamos em algumas universidades - no processo de democratização e nos processos de gestão da universidade."
Por sua vez, o representante da Federação de Sindicatos dos Professores de Instituições Federais de Ensino Superior, Eduardo Rolim, afirmou que, apesar de não ser ideal, a proposta tem o apoio dos professores representados pela federação (7 mil), que assinaram em favor da texto proposto pelo governo.
Acatar sugestões
O relator do projeto, deputado Alex Canziani (PTB-PR), afirmou que vai fazer o possível para acatar as sugestões das entidades representativas do magistério federal. Canziani disse ainda que o relatório deve ficar pronto a tempo de a proposta ser analisada e aprovada ainda este ano.
"Nós vamos procurar atender aquilo que for possível, e aquilo que não for possível nós vamos continuar a própria discussão na Casa”, disse o deputado. Ele lembrou que a proposta vai passar por outras comissões, “onde há a possibilidade de novos avanços ou, até mesmo se transformado em lei, eu vejo que o debate vai continuar, novos projetos virão e nós podemos, no futuro, incorporar ideias que por ventura não possam ser incorporadas agora nesse projeto."
Mais de 6 bi por ano
Já o secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público do Ministério do Planejamento, Sergio Mendonça, disse que o impacto do reajuste dos servidores e professores, previsto no PL 4368/12, vai ser de R$ 6,1 bilhões por ano para os cofres do governo. A carreira de magistério federal conta atualmente com 350 mil servidores.
Ele disse ainda que o salário atual da categoria é o que tem maior poder de compra dos últimos 20 anos. Ele admitiu que a proposta ainda não conseguiu agradar a todos, mas que o texto em discussão foi o resultado de duras negociações.
Tramitação da proposta
O projeto que reestrutura a carreira do magistério federal vai ser analisado pelas Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Educação e Cultura; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania."
Nenhum comentário:
Postar um comentário