O protesto, que começou com uma passeata pelas ruas do centro de Madri e terminou do lado de fora do parlamento, teve saldo de nove feridos e 15 detidos.
Segundo as autoridades, 6 mil pessoas participavam, no fim da tarde, do protesto com o tema "Cerque o Congresso". Os sindicatos convocantes pretendiam bloquear a câmara baixa parlamentar enquanto esta realizava, como todas as terças, sua sessão plenária.
Mais de mil policiais foram à região, que além do Congresso reúne os principais museus de Madri, assim às imediações da Porta do Sol, que abrigou os acampados do movimento dos "indignados" no ano passado.
Após alguns manifestantes tentarem furar os bloqueios montados pela polícia, os agentes chegaram a golpeá-los com cassetetes. Antes, muitos dos participantes do protesto chegaram a lançar objetos contra os policiais.
As críticas eram voltadas aos deputados e ao governo, com pedidos de renúncia do presidente Mariano Rajoy e de abertura de um novo processo constituinte no parlamento.
Enquanto isso, os parlamentares realizavam uma sessão plenária, e apenas alguns deputados de esquerda se aproximaram da multidão que se amontoava do lado de fora.
A líder do governista Partido Popular María Dolores de Cospedal irritou representantes sindicais e de outras forças políticas por comparar a iniciativa de cercar o Congresso com os atos de 23 de fevereiro de 1981, quando aconteceu uma tentativa de golpe de Estado na Espanha, nos primeiros anos da democracia.
O ministro da Justiça, Alberto Ruiz-Gallardón, defendeu o direito da manifestação, mas disse que chegar a um confronto com a soberania nacional representaria "uma agressão ao sistema democrático".
Enquanto ocorria o protesto em Madri, em Barcelona, ao grito de "ladrões" e "culpados", cerca de 500 manifestantes se concentraram em frente ao parlamento regional da Catalunha, onde criticaram os deputados e membros do governo local..."
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