"BRASÍLIA Apesar da queda forte da desigualdade no ano passado, o Brasil ainda permanece entre os países mais desiguais do mundo, mantendo o título de Belíndia (termo criado pelo economista Edmar Bacha nos anos 1970, para retratar a concentração de renda no país, combinando a riqueza da Bélgica e a pobreza da Índia). O país passou da décima posição entre os piores na distribuição de renda em 2001 para 12ª posição, dez anos depois, conforme estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Essa queda da desigualdade ajudou a reduzir a pobreza. Foram 3,7 milhões que deixaram a pobreza, de 2009 para 2011, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/2011), lançada semana passada pelo IBGE.
Em dez anos, os 10% mais pobres tiveram ganho 5,5 vezes maior que os 10% mais ricos. Enquanto a renda per capita da camada mais rica cresceu 16,6% entre 2001 e 2011, a dos mais pobres aumentou 91,2%. É a maior queda de desigualdade documentada no país.
Os dados constam do comunicado "A década inclusiva (2001-2011): desigualdades, pobreza e políticas públicas", o primeiro da gestão do novo presidente da entidade, Marcelo Neri..."
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