"O Plenário não realizou votações nesta terça-feira (10) por falta de acordo entre governo e os partidos. "O clima não está bom, e vamos continuar realizando conversas paralelas no dia de hoje para tentar construir um acordo para amanhã", disse o líder do PSD, deputado Guilherme Campos (SP).
Arquivo/ Diógenis Santos
Guilherme Campos: "Vamos tentar construir um acordo".
Os partidos estariam descontentes com a distribuição de recursos do Orçamento para atender a emendas parlamentares. “Há o problema das emendas, dos restos a pagar herdados do passado”, explicou Guilherme Campos.
Os maiores insatisfeitos são os parlamentares de oposição. Na semana passada, o governo anunciou que seriam liberados R$ 4,5 milhões para emendas de parlamentares governistas e R$ 1,5 milhão para as de oposição. O tratamento diferenciado gerou uma obstrução dos oposicionistas que, desde então, tentam inviabilizar as votações em Plenário.
O líder do PSDB, deputado Bruno Araújo (PE), explicou que a distribuição de emendas não pode buscar “aniquilar” com a oposição. “Quando há a decisão de liberar emendas, ela precisa ser feita de acordo com critérios que revelem uma relação madura entre o governo e o Congresso”, criticou.
Araújo disse que o PSDB foi procurado pelo governo na semana passada para buscar um acordo que minimize as diferenças no tratamento dado para governistas e para oposicionistas. Ele afirmou, no entanto, que não houve avanços na negociação. “Só depende do governo federal”, disse.
O deputado Duarte Nogueira (SP), que é líder do PSDB na Comissão Mista de Orçamento, disse que o maior prejudicado no tratamento diferenciado da liberação das emendas é o eleitor do deputado de oposição, que fica sem acesso às pequenas obras e às creches financiadas pelas emendas individuais. “Nós não estamos aqui defendendo o direito dos parlamentares, mas da população que representamos.”
Votação da LDO
O clima de descontentamento também afeta a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Representantes da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, órgão do Executivo responsável pelo controle da execução das emendas, foram chamados ao Congresso para discutir a questão com parlamentares da oposição.
Para o líder do PT, deputado Jilmar Tatto (SP), os impasses serão superados nesta semana. “O governo vai ter competência para negociar”, disse..."
Extraído de http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/POLITICA/422152-IMPASSE-ENTRE-GOVERNO-E-PARTIDOS-ADIA-VOTACOES-DO-PLENARIO.html
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