segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Metalúrgicos decidem iniciar greve em São José (Fonte: Valor Econômico)

"Os metalúrgicos de São José dos Campos e região (SP) devem iniciar hoje greve por um reajuste salarial de 17,45%. A paralisação, que deve durar uma semana, foi decidida ontem em assembleia, após a categoria rejeitar a proposta da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). As empresas ofereceram de 9,25% a 9,55% de reajuste para os setores de autopeças, fundição e eletroeletrônicos, o que significa um aumento real de até 2%.
A greve é a intensificação do movimento iniciado na semana passada, quando metalúrgicos de 24 fábricas da região realizaram paralisações.
A categoria tem conseguido resultados melhores em negociações direto com a fábrica. Na segunda passada, foi fechado um acordo com a General Motors, de 10,8% de reajuste mais um abono de R$ 3 mil. A TI Automotive, por sua vez, fez uma oferta após os trabalhadores iniciarem greve na quinta. A proposta, que será levada hoje para votação, é de aumento salarial de 10,3% e abono de R$ 2,2 mil.
"Com os abonos, o aumento fica próximo do que reivindicamos", afirma Renato Bento Luiz, diretor de base do sindicato. A empresa ofereceu 90 dias de estabilidade no emprego e desconto de apenas um dia dos quatro parados.
Hoje o sindicato se reúne novamente com as empresas, às 9h, para negociar o reajuste para o setor de eletroeletrônicos. A base do sindicato é de cerca de 40 mil trabalhadores de aproximadamente 900 empresas, entre elas Embraer, Panasonic, Gerdau e Hitachi.
No ABC paulista, os metalúrgicos do setor de fundição, estamparia, máquinas e eletrônicos, autopeças e trefilação estão em estado de greve e farão nova assembleia amanhã com ameaça de paralisação por tempo indeterminado caso nova proposta das empresas não seja apresentada.
A última oferta das empresas foi de aumentos reais de 0,74% a 1,49%. O sindicato reivindica reajuste de 10% - um ganho real de 2,55% -, semelhante ao conquistado em agosto por trabalhadores das montadoras instaladas na região. O acordo vale por dois anos e prevê dois abonos de R$ 2,5 mil."

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