“Autor(es): Agência O globo: Mônica Tavares |
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Segundo Aneel, aumento da inflação nos últimos 12 meses pressionou índice. Encargos também pesaram BRASÍLIA. A conta de luz dos clientes da Ampla vai ficar mais cara no dia 15. O aumento anual da distribuidora foi autorizado ontem pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O reajuste das tarifas para residências (baixa tensão) será de 10,57%. Para os grandes consumidores, principalmente indústrias (alta tensão), será de 11,8%. A Ampla presta serviço a 2,218 milhões de unidades consumidoras em 66 municípios do Estado do Rio, entre eles Niterói, São Gonçalo e Duque de Caxias. O diretor Julião Silveira Coelho, relator da matéria na Aneel, explicou que o aumento da inflação no período de março de 2010 a fevereiro deste ano teve forte impacto no aumento tarifário, pois reajusta parte dos custos da empresa, que representam 65% da conta de energia. O IGP-M acumulado no período é de 11,30%. O índice da Fundação Getulio Vargas (FGV) é um parâmetro para custos industriais. A Reserva Geral de Reversão (RGR), um encargo pago pelos consumidores desde 1971 e que seria extinto em dezembro do ano passado, também foi importante para o aumento da tarifa. Medida provisória editada pelo governo decidiu prorrogar a RGR até 2035. Ela teve um impacto de 0,03 ponto percentual no aumento. Segundo as empresas, a RGR representa 1,5% da conta de luz e 46% da conta são de tributos e encargos. A Conta Consumo de Combustível (CCC), embutida na fatura, também foi significativa no reajuste, pois teve um aumento de 4,45%, o que representou, segundo o diretor da Aneel, um impacto de 0,20 ponto percentual na conta da Ampla. A CCC é um encargo pago por todos os consumidores de energia e serve para bancar o combustível das usinas termelétricas do Norte. Plano de saúde, transporte e remédio devem subir 10% A energia comprada pela Ampla das geradoras, que faz parte da parcela A da tarifa (custos que a empresa não pode gerenciar e são repassados integralmente para o consumidor), teve um impacto de 1,06 ponto. A energia é um dos preços administrados da economia (com reajuste autorizado e/ou anual) que têm expectativa de forte alta este ano. Planos de saúde, transporte - que começou a dar dor de cabeça em janeiro, com o aumento em São Paulo - e remédio devem ter aumentos em torno de 10%. O patamar é quase o dobro da inflação prevista pelo mercado pelo IPCA, de 5,80%. A avaliação da equipe econômica é que cerca da metade da inflação de preços administrados será sentida neste primeiro trimestre de 2011. Em 2010, o reajuste médio da Ampla ficou negativo em 4,70%. A conta residencial caiu 5,09%. A tarifa industrial teve redução de 0,96% a 7,5%, dependendo da classe de consumo. Em 2009, a Ampla passou por uma revisão tarifária, que acontece de quatro em quatro anos. A revisão substituiu o reajuste anual. Na média, foi autorizado um aumento de 0,82%, mas a tarifa para o consumidor residencial caiu 1,23%. Em 2008, também houve aumento: 10,88% para as residências e 12,14% para a indústria. Em 2007, a conta de luz dos consumidores residenciais caiu 5% e dos industriais, 1,77%. Em 2006, também houve redução de tarifas, de 4,05% para residências, mas para as indústrias houve um aumento de 6,23%.” Siga-nos no Twitter: www.twitter.com/AdvocaciaGarcez |
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quarta-feira, 2 de março de 2011
“Conta da Ampla terá reajuste de 10,57% dia 15” (Fonte: O Globo)
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