Nomeação de José da Costa para a Eletrobras estava prevista para ontem, mas foi adiada por causa de burocracia
DE BRASÍLIA
A presidente Dilma Rousseff decidiu usar o apagão como pretexto para acelerar a troca de cargos-chave no setor elétrico. Na próxima semana, devem ser nomeados José da Costa Carvalho Neto para presidir a Eletrobras e José Antônio Muniz para a Eletronorte.
Além deles, Othon Luiz Pinheiro da Silva segue no comando da Eletronuclear.
O anúncio da nomeação de José da Costa estava previsto para ontem, mas foi adiado porque antes ele terá de resolver entraves burocráticos. Ex-presidente interino da Cemig (companhia de capital aberto controlada pelo governo de Minas), pode ter ligações com empresas que mantêm negócios com estatais do setor elétrico.
Antônio Muniz deixará o comando da Eletrobras e voltará para a Eletronorte, seguindo como uma indicação do senador José Sarney (PMDB-AP).
Logo após saber do apagão, Dilma ligou para o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) e para a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para obter explicações. Ao ser informada da dimensão do problema e de que ele não deveria se repetir, ficou mais tranquila e determinou que Lobão falasse com a imprensa sobre o episódio e que o porta-voz Rodrigo Baena Soares desse a posição do Planalto.
Segundo a Folha apurou, Dilma decidiu isolar o grupo dos deputados peemedebistas Henrique Eduardo Alves (RN) e Eduardo Cunha (RJ) e retirou deles influência sobre Furnas com a indicação de Flávio Decat -uma escolha dela, mas com ligações com o PMDB do Senado.
Durante reunião no Planalto, ela comentou, segundo assessores, que aceitará indicações de políticos para o setor, desde que sejam de técnicos experientes."
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