"São Paulo – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa paulista que apura superfaturamento e pagamento de propina em contratos da merenda escolar do governo Geraldo Alckmin (PSDB) reúne-se amanhã (8), pela primeira vez após a RBA revelar que a Justiça paulista detectou aproximadamente R$ 500 mil, de origem não declarada, em movimentações bancárias nas contas de José Merivaldo, ex-assessor do presidente da casa, deputado Fernando Capez (PSDB). Com Jeter Rodrigues, também ex-assessor de Capez, a Justiça encontrou outros R$ 122 mil. Valores compatíveis com a denúncia de propina investigada.
Em colaboração premiada no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o lobista Marcel Ferreira Júlio declarou ter repassado propina da ordem de R$ 650 mil da Cooperativa Orgânica da Agricultura Familiar (Coaf) aos servidores, sendo R$ 200 mil para Jeter e Merivaldo e R$ 450 mil para ajudar na campanha à reeleição do deputado. As informações constam de depoimento prestado por Merivaldo, no final do mês passado, ao desembargador Sérgio Rui da Fonseca, relator do processo que apura envolvimento de servidores públicos e parlamentares no esquema.
Ambos negam as acusações. Jeter sempre alegou que os valores eram para que ele prestasse assessoria à Coaf na relação com o governo estadual. Merivaldo disse que não tem nenhum vínculo com a cooperativa e que o único valor que teve acesso foram os R$ 50 mil de um cheque repassado por Jeter, que serviria para liquidar dívidas entre os dois. O cheque foi depositado na conta de Merivaldo, mas estava sem fundos. Capez sempre negou ter conhecimento do caso e diz que os assessores usaram seu nome. Além disso, nos depoimentos ao TJ-SP, ambos disseram que ele não sabia do caso..."
Íntegra: RBA
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