"Para o vice-presidente da associação, Brasil não pode abrir mão desse recurso.
A nova diretoria da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), tomou posse na última sexta-feira (5/12) na Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) para o biênio 2015/2016. O vice-presidente recém-empossado da Aben, engenheiro Marcelo Gomes da Silva, disse que os próximos dois anos serão decisivos para a energia nuclear no Brasil, em função do estresse hídrico que o país atravessa, com os níveis dos reservatórios muito baixos. “Isso está demonstrando, cada vez mais, a necessidade de que o sistema elétrico brasileiro tenha um componente forte de energia térmica de base. A usina nuclear tem esse papel”, disse.
Para ajustar a oferta de geração de energia no país, a Aben defende a construção de mais usinas nucleares e o desenvolvimento dessa matriz energética em todo país. O Plano Nacional de Energia para 2030 (PNE 2030), elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, sinalizava – para um cenário de maior demanda – a construção no país de usinas nucleares que somariam mais 8 mil megawatts (MW) ao sistema elétrico nacional. O plano está sendo revisado, com horizonte para 2050.
O vice-presidente da Aben destacou que a reformulação do planejamento energético ocorre em um momento oportuno, “em que se demonstra, de forma aguda, a necessidade da presença de geração térmica no país. A gente avalia que esse novo plano que está em gestação na EPE vai, no mínimo, manter esse quadro que era previsto em 2030, com perspectiva até de ser ampliado..."
Íntegra Jornal da Energia
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