"O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), atribuiu a forte queda das ações da Cemig na quarta-feira ao clima de incertezas no setor elétrico. Ontem, os papéis da estatal mineira figuraram entre as maiores altas do Ibovespa, mas a valorização, de 1,35%, está longe de cobrir o tombo sofrido no pregão anterior, quando as ações preferenciais caíram 14%.
"Como o mercado está um pouco, vamos dizer, instável desde setembro do ano passado com aquelas medidas, qualquer coisa que seria relativamente normal, agora tem uma dimensão maior", disse o governador ao Valor. Anastasia se referia à divulgação, feita em setembro de 2012, da polêmica Medida Provisória 579, que estabeleceu as regras para renovação antecipada das concessões que vencem em 2015. A proposta foi recusada pela Cemig, que terá de entregar à União suas concessões quando terminarem os contratos.
Na quarta-feira, o mercado reagiu mal à notícia de que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reduziu em 24% a base líquida de ativos remunerados da distribuidora de energia da Cemig, de R$ 6,7 bilhões para R$ 5,1 bilhões. Essa base de ativos é utilizada no cálculo das tarifas das distribuidoras, que são revistas a cada quatro anos. A Cemig passa agora por seu terceiro ciclo de revisão tarifária, a ser divulgada no dia 08 de abril..."
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