"Autor(es): Rosana Hessel
Correio Braziliense - 18/02/2012
Às vésperas de caducar o prazo para que os aprovados em um concurso público em 2009 tomassem posse em Furnas Centrais Elétricas, um acordo firmado entre o Ministério Público do Trabalho, a estatal e o Sindicato da Federação Nacional dos Urbanitários acendeu uma luz no fim do túnel para 550 futuros servidores. Os cargos são diversos, desde o nível elementar até o superior. As nomeações serão feitas gradualmente nos próximos cinco anos. Essa foi a decisão final de uma reunião ocorrida na última quinta-feira e presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. Nela, ficou determinado que, a partir deste ano, serão empossados 110 servidores e o mesmo número se repetirá até 2017, de acordo com o procurador do MPT, Fábio Leal. Os candidatos aprovados na seleção tinham a sua nomeação em risco, já que o prazo para a convocação expiraria em 28 de março deste ano. "Furnas se comprometeu ainda em investir R$ 2 milhões em cursos de especialização dos terceirizados que serão dispensados ao longo do prazo, para que, assim, consigam se recolocar no mercado de trabalho", informou o procurador. Em 2006, Leal entrou com uma ação na Justiça para que Furnas reduzisse o quadro de terceirizados. "Naquela época, eram 2,5 mil. Hoje, são cerca de 1 mil. É inadmissível que a estatal ainda tenha em seu quadro pessoas terceirizadas trabalhando em áreas estratégicas e que integram a atividade-fim da empresa", comentou. Na época do concurso, pouco mais de 100 dos 900 aprovados foram absorvidos pela companhia e a nomeação dos restantes foi alvo de uma extensa disputa judicial. "O processo se arrastou por anos. Mas, finalmente, tivemos um resultado favorável", disse Leal. Segundo ele, o acordo é uma grande conquista. "Foi muito importante, porque preservamos o interesse dos concursados", afirmou."
Nenhum comentário:
Postar um comentário